Zé lamenta morte de jornalistas: “Perdemos referências”
Técnico da Seleção falou sobre a admiração por Antero Greco, Silvio Luiz e Apolinho
Após a vitória do Brasil por 3 sets a 0 sobre a Coreia do Sul, pela Liga das Nações (VNL), o técnico José Roberto Guimarães lamentou o falecimento de três grandes jornalistas esportivos brasileiros, entre a noite de quarta (15) e esta manhã (16). Primeiro, o Brasil perdeu Apolinho. Depois, o país despediu-se de Antero Greco e Silvio Luiz.
Eles tinham 87, 67 e 89 anos, respectivamente. Washinton Rodrigues, o Apolinho, lutava contra um câncer de fígado, enquanto Greco perdeu a batalha para um tumor cerebral, e falência múltipla dos órgãos. Zé Roberto revelou que era próximo aos dois últimos, que eram paulistas, assim como o comandante do Brasil.
– Foram logo três, coisa dura. Eu não era amigo do Apolinho, mas acompanhei a carreira dele, que chegou a ser técnico do Flamengo. Era jornalista da Rádio Globo (trabalhou ainda em outras emissoras cariocas). E, depois, dois amigos meus, o Silvio Luiz, que a gente tinha um bom relacionamento, e o Antero Greco, que foi outro cara excepcional, tanto profissional quanto a pessoa também – falou o tricampeão olímpico.
Zé Roberto ainda aproveitou a oportunidade para falar do legado do trio para o jornalismo nacional e para o esporte brasileiro.
– A gente perde muitas referências. Três referências, e eu perdi dois amigos. Tristeza, mas temos que ver a parte positiva, que é o legado que esses caras deixaram. O Antero com o bom-humor dele com que fazia (cobertura) de futebol. O Silvio Luiz e a maneira que narrava, os bordões que tinha. É isso que fica. E também saber que eles eram nossos torcedores – concluiu Zé.
Atuação da VNL é aprovada
Sobre a vitória da Seleção sobre a Coreia do Sul, Zé Roberto valorizou as entradas das estreantes na VNL Helena e Luzia. O comandante também enalteceu o grupo que montou, com o encontro de atletas de três gerações diferentes do voleibol.
– Foram ótimas as entradas da Luzia e da Helena, bom para quebrar o gelo. Acho que sempre deu certo (essa mistura). Sempre existe uma gama de jogadoras mais velhas, com mais de 28 anos. Depois, uma faixa intermediária, dos 23 aos 28, e as mais novinhas, que estão chegando à Seleção agora. Sempre foi assim. É a ordem natural. As coisas vão mudando, e as mais experientes ajudam no desenvolvimento da garotada – opinou Zé Roberto.
Por fim, ele falou sobre o que espera da sequência da competição e agradeceu por estar disputando a primeira etapa no Maracanãzinho.
– Começar no Brasil e depois sair é benéfico. O duro foi ano passado, um dos piores ano que tivemos em termos de logística. Sofremos muito com o fuso horário e falta de tempo para treinar. O jogo contra os Estados Unidos vai ser bem difícil – projetou Zé.