Zé Roberto admite: “Não estava preparado para ir embora”
Comandante do Brasil afirma que comissão técnica não se preocupa mais em manter as atletas focadas
Após a vitória do Brasil sobre a República Dominicana por 3 sets a 0, o treinador José Roberto Guimarães reafirmou que vê a Seleção no caminho certo para medalhar em Paris 2024. De fato, as chances são muito grandes, com as suas comandadas já garantidas na semifinal dos Jogos Olímpicos.
– Eu estava sentindo no time uma energia, uma vontade de vencer, uma concentração, uma organização….Quando você vê o time se comportando assim, já é um alento muito grande… Fui para o ônibus com 106 de batimentos cardíacos por minuto. Não é o meu normal, que é 76, 77. Eu estava estranho. Mas eu estava com um pensamento de que íamos passar. Eu saí da Vila Olímpica pensando: “Não estou preparado para ir embora”. O time que eu menos queria cruzar era a República Dominicana. Quartas de final é o jogo mais complicado, e o Marcos Kwiek (treinador adversário) foi meu auxiliar…Estamos vivos na briga por medalhas e isso é o mais importante – revelou Zé Roberto.
Ainda nesta linha de raciocínio, Zé Roberto reforçou que as meninas estão tão focadas na medalha, principalmente de ouro, que a comissão técnica nem se preocupa mais em manter as atletas 100% motivadas. O Brasil agora encara o vencedor de Estados Unidos x Polônia, que medem forças ainda nesta quarta-feira (6/8). A semifinal está marcada para esta quinta-feira (8), enquanto a grande decisão será realizada no último dia dos Jogos de Paris, domingo (11).
– É uma preocupação a menos que a comissão técnica tem. Elas estão se alimentando direito, descansando na hora certa… Graças a Deus, a única preocupação tem sido só os adversários. A imagem que eu tenho de um campeão é de um cara exaurido, lutando até o final – disse Zé Roberto, se emocionando no fim da fala.
O Brasil não perdeu nenhum set em quatro jogos até aqui nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. No entanto, o comandante citou um episódio que o marcou na campanha.
– Foi bom ter passado apertado contra a Polônia (no segundo set, o Brasil venceu por 38 a 36), porque a gente sentiu a dificuldade. O “quase” faz a água bater na bunda, o que é importante também. Mas, ainda não podemos nos esquecer, que perdemos a VNL há pouco tempo. A concentração foi importante para a gente não perder até agora – concluiu Zé.