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Destaques - Entrevista - Vaivém - 10 de julho de 2020

Evandro afasta possibilidade de parar e vê futuro no exterior


Aos 38 anos, o oposto Evandro não pensa em parar de jogar. Em conversa com o Web Vôlei, o campeão olímpico afastou a possibilidade de encerrar a carreira. Garante já pensar e agir para o pós-carreira, mas para implementação completa para o futuro.

Após quatro temporadas no Sada Cruzeiro, Evandro não renovou o contrato (time contratou Alan, ex-Sesi). Teve uma despedida ao lado dos troféus conquistados no período e agora aguarda propostas para definir a nova casa. A único certeza dele é de que será no exterior a continuidade da trajetória profissional na temporada 2020/2021.

Na carreira, o oposto já passou por países como Grécia, Itália, Argentina e Japão. Confira abaixo o papo com Evandro:

1 – Muitos fãs têm perguntado sobre o seu futuro após a saída do Sada Cruzeiro. Você seguirá jogando na temporada 2020/2021?
Sim, vou continuar jogando. Não tem nada definido ainda, estou sem contrato. Mas vou continuar. Daqui a pouco, com certeza, aparece um contrato, uma coisinha legal, que vai dar para eu aproveitar meus últimos anos de voleibol.

2 – Qual balanço pode fazer da passagem pelo Sada? De quem foi a ideia daquela foto de despedida ao lado dos troféus conquistados?
Eu posso descrever minha passagem pelo Sada como sensacional. Um clube com uma estrutura invejável, como poucos no mundo tem. Em todos os campeonatos que entra, joga para ganhar. E eu consegui ganhar muitos títulos. Foi sensacional. Sobre a ideia da despedida, eu estava querendo fazer uma coisa assim, algo grande, eu acho, posso dizer desta forma. Exatamente porque eu acho que minha passagem por lá foi marcante. Tanto para mim quanto para a história do clube. Junto com a minha namorada, a Bruna, que também deu várias ideias, a gente chegou nesse vídeo final. Tenho que dar crédito para ela também.

3 – Aos 38 anos, como planeja o pós-carreira? Já tem na cabeça como quer seguir a vida quando deixar de ser atleta?
Eu já planejo o pós-carreira. Eu abri uma marca de roupa, em sociedade com a Bruna. Infelizmente nós abrimos no meio da pandemia, mas acredito que daqui a pouco começa a andar um pouco melhor. Mas já é uma visão para o futuro. Convido todo mundo a dar uma olhadinha. Também estou investindo na minha carreira como palestrante e estou estudando um pouco o Instagram. Acho que tenho bastante coisa para falar, passar para as pessoas. O material está muito legal. Espero que as pessoas gostem. Gostando a gente vai evoluir bastante nesse campo também. Mas ainda estou querendo jogar vôlei.

4 – Como tem visto as notícias de dificuldades, principalmente no masculino, para montagem de elencos para a próxima temporada no Brasil?
É triste. O vôlei brasileiro está numa fase bem complicada. Na verdade, já estava numa fase bem complicada. E agora com essa pandemia piorou um pouquinho. Acabaram alguns times, outros diminuíram orçamento. Está bem complicado. Esse é um dos motivos de que vou precisar sair do país. É triste um voleibol como o nosso, do nível do nosso, com tantos jogadores bons, esteja passando por isso. Mas vamos acreditar que é só uma fase e vamos conseguir se reerguer da melhor maneira possível.

5 – Como tem feito para manter a saúde física e mental nesta pandemia?
Bem difícil, principalmente a saúde psicológica. Situação complicada, mexendo com os nervos de todo mundo. Mas eu tento focar nas minhas coisas, estudar, tento preparar meu físico, dando umas corridas, uns exercícios que dá para fazer em casa… Abrindo as academias, tentarei treinar, mas está nem abre e fecha. Enfim, está complicado. Uma situação difícil, complicada. Mas, com muita força de vontade, não só eu, mas todo mundo, vai sair dessa e vamos crescer muito depois de tudo isso.