Superliga B: campeãs olímpicas duelam na semifinal

Duas jogadoras acostumadas a fazer história no vôlei brasileiro têm encontro marcado na tentativa de somar mais um feito aos recheados currículos. Companheiras de seleção feminina na conquista do ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, a central Valeskinha, do Curitiba, e a ponteira Sassá, do Mackenzie Cia. Do Terno, estarão em lados opostos nesta segunda-feira (25/3), às 21h, no Círculo Militar do Paraná, em Curitiba (PR), no primeiro confronto da série melhor de três das semifinais da Superliga B Bet7k feminina. O Sportv 2 transmite ao vivo.

Ao mesmo tempo em que lideram suas equipes graças à experiência, elas seguem motivadas a alcançar a excelência. Os anos de dedicação não esgotaram em ambas a ambição por novos objetivos. E desta vez o empenho tem uma razão especial: quem avançar para a decisão garante o direito de disputar a Superliga 2024/2025.

Nove vezes campeã da divisão principal, a incansável Valeskinha, de 47 anos, destaca os cuidados tomados no decorrer da carreira que a permitiram chegar tão longe.

– Entrar em quadra em uma semifinal, em busca de uma vaga na Superliga, é uma motivação enorme. E essa animação vem desde o momento em que chego para treinar, com 100% do meu foco depositado para que, na hora do jogo, tudo aconteça da melhor maneira – garante Valeskinha, que ajudou o time do técnico Pedro Moska a avançar às semifinais da Superliga B Bet7k feminina na quarta posição, após nove vitórias e duas derrotas.

– Sempre tento passar às meninas o que já vivenciei, tanto em quadra como fora. Jogar vôlei em alto nível nunca é fácil, mas minha geração conseguiu tornar isso possível, com dedicação e obediência. Digo que é preciso ser firme na musculação, na fisioterapia e na nutrição, e dar valor às noites de sono, além de ouvir o treinador e se doar nos treinos. A troca é maravilhosa, porque enquanto nós, mais velhas, transmitimos nossa experiência, as mais jovens trazem alegria e leveza para a quadra – conta a central.

A jogadora sabe que do outro lado estará um adversário duro e ressalta a qualidade técnica de Sassá, sua amiga e ex-companheira de Seleção Brasileira. Segundo ela, o público pode esperar um confronto de alto nível.

– A Sassá é uma atleta muito experiente e que está vindo em um ritmo bem alto. Vai ser um belo confronto, de alto nível. Espero que a gente consiga parar os ataques dela! Quem gosta de voleibol de qualidade não pode deixar de assistir – complementa a jogadora.

O Mackenzie Cia. Do Terno, do técnico Gabriel Leite, teve a melhor campanha da fase classificatória da Superliga B Bet7k feminina, com 10 vitórias em 11 jogos. Para isso, contou com a eficiência de Sassá, de 41 anos. Mineira de Barbacena, ela se diz realizada pela oportunidade.

– É uma felicidade representar o Mackenzie, um clube formador, que revelou vários nomes para a seleção brasileira e é apaixonado pelo vôlei. A mescla de juventude e experiência tem sido muito importante e estamos conseguindo usar isso a favor da nossa equipe – afirma Sassá.

Tetracampeã da Superliga, a ponteira não poupa elogios à adversária com quem dividiu anos de seleção brasileira e projeta um duelo de mexer com o coração de quem é apaixonado por voleibol.

– Além de atleta excepcional e craque de bola, a Valeskinha é uma grande amiga. Tenho orgulho de ter vivenciado vários momentos na seleção ao lado dela, que tem uma trajetória brilhante. Nossa presença é importante para ajudar as mais novas e deixar um legado para a garotada que está chegando. Que esse reencontro seja um espetáculo de voleibol e que a gente consiga fazer o nosso melhor – completou a ponteira.