Brusque vai à final da Superliga B e garante retorno à elite
Equipe de Maurício Thomas derruba invencibilidade do Recife no Geraldão, vence por 3 a 1, e aguarda Mackenzie ou Curitiba na final
O Abel Moda/Brusque garantiu o retorno à elite do vôlei brasileiro e poderá disputar a Superliga 2024/2025. O feito veio com vitória sobre o Recife por 3 sets a 1, com parciais de 25-16, 25-18, 19-25 e 25-23, nesta quinta-feira (28/3), no Geraldão, no segundo jogo da série melhor de três da semifinal da Superliga B Bet7k feminina. A equipe catarinense, que já havia triunfado na primeira partida, por 3 a 0, agora aguarda seu adversário na decisão, que sairá do duelo entre Mackenzie Cia. do Terno ou Curitiba.
Como os dois finalistas da competição asseguram o direito de disputar a Superliga, contanto que cumpram todas as exigências da CBV, o time de Santa Catarina comemorou a classificação como se fosse um título. Além disso, o Abel Moda/Brusque conseguiu um feito inédito nesta edição: derrotar o Recife diante de sua torcida.
– Trabalhamos muito para estarmos aqui. Nos esforçamos demais, tivemos altos e baixos, mas conseguimos uma crescente incrível. Estamos muito unidas e com a cabeça muito focadas. Sabíamos que iríamos conseguir – celebrou a central Leticya, do Abel Moda/Brusque. O time poderá retornar à Superliga um ano após sofrer com dificuldades financeiras e amargar o rebaixamento.
O Brusque começou a partida com melhor controle na recepção e, consequentemente, maior facilidade para colocar as bolas no chão. O Recife, nervoso e errando além do normal, precisou de uma chamada durante tempo pedido pelo técnico Adalberto Nóbrega para acordar e engrenar, com bons ataques de Aline, mas não conseguiu manter a pegada. O conjunto catarinense, liderado pela oposta Jaque Schmitz, dominou as ações e, sem sustos, abriu 1 a 0.
Apesar de um início de segundo set mais equilibrado, Jaque seguiu à vontade em quadra, beneficiada por um sistema defensivo ajustado, que proporcionou diversos contra-ataques. Adalberto colocou Ana Caroline em quadra no lugar da jovem Sassá, mas as donas da casa deram novos sinais de nervosismo. O bloqueio foi outro ponto forte do Abel Moda/Brusque, que tratou de fazer 2 a 0.
Com a corda no pescoço, o Recife entrou no terceiro set impondo mais dificuldades à recepção da equipe de Brusque, e começou a variar mais o jogo. Assim, colocou em evidência nomes como a central Mari Casas, até então apagada em quadra. O técnico Maurício Thomas precisou pedir tempo para tentar controlar os ânimos de seu jovem elenco, mas a equipe nordestina não deu chances. A vitória do Recife na parcial incendiou ainda mais a torcida.
Os ânimos ficaram exaltados no quarto set. Uma provocação da líbero Gabi Santin gerou indignação de Fabíola, que atravessou a quadra para tirar satisfação. A oposta Karine conseguiu bons ataques, e um bloqueio de Mari Casas parou Jaque, em uma cena rara, para colocar o Recife com dois de vantagem: 16-14. A partir de então, as equipes se entregaram em cada ponto. A virada do Abel Moda/Brusque teve participação importante da central Leticya, que atacou bem, foi para o saque e não saiu mais. A classificação foi confirmada após um bloqueio de Manu em Mari Casas.