FIVB celebra projeto que transforma redes perdidas nos oceanos em redes de vôlei
Iniciativa da FIVB ganha notoriedade neste sábado, Dia Mundial dos Oceanos
A Federação Internacional de Vôlei se juntou à adesão do Comitê Olímpico Internacional à iniciativa #cleanseas, da Organização das Nações Unidas para vencer o lixo plástico, e lançou o projeto Good Net, que transforma redes fantasma abandonadas no fundo dos oceanos em redes de vôlei. Nesse sábado, 8 de junho, o Dia Mundial dos Oceanos, a FIVB celebra águas mais limpas, a preservação da vida marinha e reafirma a importância do engajamento de todos os atletas na preservação dos mares e oceanos.
O vôlei de praia nasceu e se desenvolveu à beira de mares e oceanos e sua vocação para lutar pela preservação da natureza é natural. A FIVB vem trabalhando para conscientizar marcas e atletas para liderar ativações de sustentabilidade no vôlei.
Limpeza dos oceanos
“Encontramos um projeto que se identifica totalmente com nosso esporte. Contribuir com a limpeza dos oceanos, fermentar as campanhas do COI e da ONU e aumentar a conscientização é nosso compromisso. Só temos que comemorar o Dia Mundial dos Oceanos e seguir com a parceria com a Ghost Foundation, que nos permite participar da preservação natural. Afinal, todos os anos, 640.000 toneladas de redes de pesca chegam aos oceanos. Estou muito contente que a família do vôlei também esteja desempenhando seu papel”, disse Ary Graça, presidente da FIVB.
O Good Net foi lançado em março, no Rio de Janeiro, se espalhará pelo mundo, como parte da programação global da FIVB. Pela primeira vez um jogo de vôlei foi disputado com uma rede feita com redes de pesca abandonadas no fundo do mar. Os mergulhadores da Ghost Foundation resgataram as redes e pescadores do sul da França reciclaram o material que chegou ao Rio de Janeiro para o lançamento do projeto.
O projeto
A FIVB associou-se à Ghost Fishing Foundation, cujos colaboradores incluem a Healthy Seas Initiative, a World Animal Protection e o Greenpeace. A Ghost Fishing trabalha com grupos locais de mergulhadores e empresas de salvamento para remover redes fantasmas dos oceanos e mares ao redor do mundo. O projeto Good Net é um exemplo poderoso de economia circular, chave para um futuro sustentável para todos.
As chamadas redes fantasma são o tipo mais perigoso de lixo marinho: tartarugas, baleias, golfinhos – até mesmo seres humanos – podem se enredar nessas armadilhas e morrer lentamente de exaustão, sufocação ou fome. O entrelaçamento nas redes tornou-se a principal causa de morte de baleias no Oceano Atlântico e a população de baleias francas, em risco de extinção, diminui há quase dez anos, tendo sido funcionalmente extinta no leste do Atlântico Norte.
Uma grande quantidade de plástico nos oceanos é composta por redes de pesca abandonadas. As redes são o tipo de lixo plástico mais letal e 640 mil toneladas delas são deixadas nos oceanos todos os anos. Pelo menos 46% do plástico na “grande mancha de lixo do Pacífico” – um redemoinho flutuante do tamanho da França feito de plástico – consiste em redes de pesca descartadas. Em 2050, o plástico no mar superará os peixes
Despoluição plástica
Anna Sarafianou, diretora de marketing da FIVB, liderou o lançamento do projeto Good Net e diz que o esporte e sua iniciativa sustentável têm um denominador comum central, o trabalho em equipe. “Se pudermos ajudar na despoluição plástica e na preservação dos animais, estaremos atingindo um grande objetivo”, diz ela. “Além disso, nossos atletas são ótimos multiplicadores e o público os admira e ama. A maioria deles é sensível às mensagens de sustentabilidade ambiental, por isso as reações ao projeto foram muito encorajadoras”, completou.
O CEO da Ghost Fishing Foundation, Pascal van Erp, também comemora o 8 de junho e o projeto em parceria com a FIVB: “Como mergulhadores, nos preocupamos profundamente com os oceanos. Também entendemos como as redes fantasmas causam enorme quantidade de danos à vida selvagem marinha em lugares onde poucos têm consiência do dano que está sendo feito. Mas redes de voleibol, seja em uma praia local ou em um torneio com transmissão de televisão ou interner dão uma grande visibilidade, ajudando a combater o problema”.
Parceiros
Atualmente são 11 as Federações Internacionais de Esportes que aderiram à iniciativa do Comitê Olímpico Internacional, além de quatro Comitês Olímpicos Nacionais, três dos parceiros comerciais do COI e a cidade japonesa de Ichinomiya – sede das competições de surfe de Tóquio 2020.
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