Por doping, Rússia está fora da Olimpíada de Tóquio
Decisão da Wada exclui esporte russo, envolvido em escândalos de doping, das grandes competições por quatro anos
A Rússia foi excluída dos Jogos Olímpicos de Tóquio por ter falsifidado dados dos controles antidoping entregues para a Wada, a Agência Mundial Antidoping.
A informação foi divulgada nesta segunda-feira e afasta os russos de todas as grandes competições pelos próximos quatro anos. Além da Olimpíada de 2020, estão incluídos a Copa do Mundo de futebol de 2022, no Qatar, e os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, também em 2022.
Tanto o vôlei masculino quanto o feminino haviam garantido um lugar em Tóquio nos Pré-Olímpicos de agosto. A Federação Internacional ainda não se pronunciou. Fica a dúvida de como serão definidas as vagas russas abertas para Tóquio-2020.
A decisão de hoje ainda permite recurso no Tribunal Arbitral do Esporte, a última instância.
– Por muito tempo o doping russo prejudicou o esporte limpo. A violação flagrante pelas autoridades russas das condições de restabelecimento da RUSADA (Agência Antidoping da Rússia), aprovadas pelo Comitê Executivo em setembro de 2018, exigiu uma resposta robusta. É exatamente isso que foi entregue hoje. A Rússia teve a oportunidade de colocar sua casa em ordem e voltar a se juntar à comunidade internacional antidoping para o bem de seus atletas e a integridade do esporte, mas optou por continuar na sua posição de fraude e negação – disse Craig Reedie, presidente da Wada, em nota oficial.
Segunda a Wada, serão permitidos que atletas defendam uma bandeira neutra, como já ocorreu recentemente no Mundial de Atletismo, caso eles passem por testes antidoping. Esperava-se que até isso fosse proibido, como recomendou o Comitê de Atletas da entidade.
No vôlei, sempre pairou uma desconfiança sobre os atletas russos, principalmente entre o fim da década passada e o início da atual. Ela aumentou quando alguns atletas passaram a ganhar “folgas mais longas”, perdendo grande competições internacionais.
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