Mari Blum
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Destaques - Superliga - 19 de janeiro de 2022

Mari Blum lidera São Caetano na Superliga B

A experiente ponteira fala da carreira antes do início da temporada nacional da Energis 8/São Caetano


A Energis 8/São Caetano conta com a força de Mariana Bueno Blum, a Mari Blum, a jogadora mais experiente do elenco, para voltar à elite do vôlei nacional. A ponta é uma garantia de tranquilidade e a experiência ao grupo paulista nesta Superliga B, com 12 anos no exterior no currículo (Estados Unidos, Porto Rico, Alemanha e Suíça), além de competições nacionais.

Mari Blum, de 1,76m e 68 kg, nasceu em 23/11/1983, em São Bernardo do Campo, onde começou no vôlei aos 7 anos, com a irmã dois anos mais velha num time da Glasurit, perto de sua casa, no Parque Terra Nova, Bairro Demarchi.

– Eu era aquela menininha chata que ficava pegando a bola. Eu era insistente e comecei a jogar. Lembro até hoje no meu primeiro jogo, com 9 anos, que eu entrei para sacar e errei – comenta Mari.

Ainda jogou no clube da Volks até fazer um teste em São Caetano, onde aprofundou o aprendizado e começou a aperfeiçoar sua técnica na escolinha, no pré-mirim e no mirim. Ficou um ano longe das quadras, afastada pelo pai para que se dedicasse mais aos estudos quando jogava em Osasco. Voltou, em seguida, para São Bernardo e Santo André, antes de ir para o Júnior College, na cidade de Hudson, no Kansas, Estados Unidos, em 2004.

– Levei duas brasileiras comigo e foi muito legal porque tivemos várias conquistas. Era um time que nem tinha torcida e começamos a bater recorde de torcida. Depois que joguei dois anos do Júnior College me transferi para a Universidade de Oklahoma, da Divisão 1. Aí já era um torneio bem forte, como a Superliga, com grandes jogadoras, como a medalhista olímpica Destinee Hooker, com transmissão da ESPN e viagens de avião.

Fez Educação em Espanhol, o que a habilita a dar aula de espanhol e português nos EUA e de inglês e espanhol no Brasil. Depois de formada, e até antes, nos intervalos dos campeonatos, jogou por curtos períodos em Porto Rico, Alemanha e Suíça.

– Eu ia jogar as finais e voltava. Também joguei vôlei de praia. E voltei ao Brasil quando fiquei grávida. Fiquei um ano só focada no meu filho – conta.

Lucas tem 7 anos e Mari Blum tem a ajuda dos pais. Treina em dois períodos, mas dá almoço e arruma o filho para a escola nos intervalos. Depois do nascimento deo filho, Mari Blum retornou as quadras pelo máster em São Bernardo e em campeonatos universitários pela UniSant’Anna.

– Fiquei 12 anos fora do Brasil e fui conhecer de novo as pessoas do vôlei jogando torneios máster e universitário. Um técnico do Paraná me viu e me chamou para jogar a Superliga C. Comecei a treinar numa academia no início da pandemia – meu primo era o dono e me emprestou a chave. Então eu estava muito bem fisicamente quando o Fernando (o treinador Fernando Gomes) me chamou para jogar a Superliga por São Caetano.

– Eu me ajustei rápido e estou feliz em São Caetano. Cheguei na Superliga, uma semana apenas para jogar contra Osasco. Não foi um choque, mas eu nunca imaginei que estaria na Superliga. Essa que é a experiência que eu vejo, que não é algo novo, dentro da quadra o jogo é jogado e legal não sentir nervosismo por causa dessa situação.

Jogou a Superliga C, por Taubaté, em 2021, e está com uma boa expectativa para a Superliga B.

– Estamos mais bem preparadas, com mais atletas, e saímos do Paulista, uma competição forte, mais entrosadas. Tenho certeza de que vamos fazer uma Superliga bem forte. O grupo é muito legal, vejo todo mundo exercendo super bem sua função. O time está bem, mais forte – afirma Mari Blum.