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Praia - 2 de setembro de 2021

A trajetória do vôlei de praia do Brasil na Olimpíada

Brasil é uma das potências da modalidade, mas passou em branco em Tóquio


O vôlei de praia foi criado na Califórnia (EUA), na década de 20, na praia de Santa Monica. Era na verdade uma improvisação destinada a divertir os banhistas. Em 1947 ocorreu o primeiro torneio oficial de vôlei de praia e três anos depois foi criado o primeiro circuito, dividido em cinco etapas jogadas nas praias californianas. Devido ao grande sucesso, em 1960 nasceu a Califórnia Beach Volleyball Association (CBVA). O esporte foi crescendo em número de adeptos e audiência até que na década de 80 se tornou um esporte consagrado. Muitos atletas mundo afora acabaram por trocar as quadras pelas areias.

Com o crescimento, o Comitê Olímpico incluiu o vôlei de praia nos Jogos Olímpicos de Atlanta-1996. Na verdade, um esporte que começou como um hobby acabou se tornando olímpico. Na primeira vez que essa modalidade esteve presente na Olimpíada, as atletas brasileiras foram destaque. As duplas brasileiras de vôlei de praia sempre são consideradas umas das favoritas em sites de apostas esportivas como na vivaposta.pt muito por causa do desempenho dos gênios do passado.

A dupla Jackie Silva e Sandra Pires conquistou a medalha de ouro em Atlanta, vencendo Mônica/Adriana Samuel, fazendo dobradinha brasileira no pódio, algo histórico para o esporte feminino do país.

Nos Jogos Olímpicos de Sydney-2000 as mulheres brilharam novamente. Adriana Behar e Shelda ganharam a medalha de prata, enquanto Sandra Pires e Adriana Samuel ficaram com o bronze. Em Atenas-2004, Adriana Behar e Shelda foram prata novamente.

Na sequência, uma nova safra de jogadoras brasileiras tomou conta do Circuito Mundial. Larissa e Juliana conquistaram nada menos do que sete títulos do circuito, um título mundial e mais uma medalha de bronze olímpica em Londres-2012. Na Rio-2016, Brasil novamente no pódio com Ágatha e Bárbara Seixas, ganhadoras de mais uma medalha de prata.

Desde que o vôlei de praia começou a participar das Olimpíadas o Brasil só havia ficado fora do pódio em Pequim-2008. E isso se repetiu em Tóquio. Ágatha e Duda, que tinham condições reais de trazer uma medalha acabaram sendo desclassificadas nas oitavas de final para a dupla alemã Ludwig e Kozuch. Já Ana Patrícia e Rebecca ficaram fora ao perder nas quartas de final para as suíças Anouk Verge-Depre e Joana Heidrich.

No masculino, as conquistas olímpicas do Brasil começaram em Sydney-2000, com a medalha de prata de Zé Marco e Ricardo. Em Atenas-2004, Ricardo participou da Olimpíada com um novo parceiro: Emanuel. Duas lendas do vôlei de praia que acabaram por ganhar o primeiro ouro do Brasil no vôlei de praia masculino. Foi uma dupla icônica para o vôlei nacional: eles ganharam ainda o bronze de Pequim-2008, um Mundial e cinco edições consecutivas do Circuito Mundial de 2003 a 2007. Ainda nas Olimpíadas de Pequim-2008, o Brasil ganhou a medalha de prata com a dupla Márcio Araújo/Fábio Luiz. Uma dobradinha memorável. Em Londres-2012, novamente Emanuel foi ao pódio, ao lado de Alison, ganhando a medalha de prata.

No Rio-2016, Alison fez dupla com Bruno Schmidt, chegando ao topo do pódio, ganhando a medalha de ouro. Assim como as duplas femininas, as masculinas não foram bem em Tóquio e pela primeira vez na história o Brasil não foi ao pódio dos Jogos Olímpicos. A dupla Evandro e Bruno Schmidt e a parceria Alison/Álvaro Filho perderam nas oitavas de final.

No vôlei de praia, o Brasil é considerado uma potência olímpica, com 13 medalhas. Por isso a decepção com os resultados em Tóquio. Para sair dessa não tem outra forma: suor, trabalho e também uma melhor estrutura e investimento para os atletas.