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Jogos Paralímpicos - 2 de setembro de 2021

Vôlei sentado: estreante animada com semi do Brasil

Seleção Brasileira enfrentará os Estados Unidos por uma lugar na decisão feminina


Estrear na seleção diretamente numa Paralimpíada é um privilégio para poucos. Imagine conquistar isso e ir além, com a disputa de uma semifinal e a chance de voltar para o Brasil com uma medalha na bagagem. Este sonho se tornou realidade para Luiza Fiorese, que comemora a classificação da equipe feminina de vôlei sentado para a semifinal dos Jogos Paralímpicos. O duelo contra os Estados Unidos, atual campeão, acontece nesta sexta-feira, às 6h30, no Complexo Makuhari Messe, em Chiba.

– Me sinto muito feliz e privilegiada em chegar no vôlei sentado há tão pouco tempo, conseguir uma vaga na Paralimpíada e estar num grupo tão forte, tão consolidado, que já alcançou a semifinal. O Brasil é o único grupo invicto há quatro jogos em Paralimpíadas. Se a gente pegar o bronze no Rio (2016) e os três jogos da fase grupos (Tóquio 2020), é a única equipe no mundo que tá há quatro jogos sem perder – diz a capixaba.

Com uma campanha impecável na fase de classificação, com três vitórias em três partidas no Grupo A (contra Canadá, Japão e Itália), as meninas do Brasil sabem que o confronto que vale vaga na inédita final paralímpica será muito difícil. No último encontro entre as duas seleções, as americanas conquistaram a medalha de ouro ao derrotar o Brasil na decisão dos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, em 2019. Apesar do desafio, Luiza acredita que o time está pronto para o duelo.

– A gente já sabia que qualquer seleção que viesse na semifinal seria pedreira, porque a outra chave tinha equipes muito fortes. Mas a gente vem estudando os Estados Unidos há uns dois anos e treina muito para jogar com elas. Já sabemos como elas jogam, é uma equipe com nível técnico muito alto. A gente vai precisar jogar muito, dar tudo de si, mas nos sentimos preparadas pra isso – analisa a central.

Novata na seleção, Luiza vive um período de amadurecimento, facilitado pela convivência com atletas experientes e algumas remanescentes da equipe medalha de bronze na Rio-2016, como a levantadora Gizele Dias e a ponteira Nathalie Silva.

– Para mim, mesmo não entrando pra jogar, eu vejo uma equipe muito unida. A gente consegue se ajudar estando dentro ou fora de quadra. Cometemos alguns erros na fase de grupos que na semifinal não podemos cometer, mas estamos vindo num degrau, crescendo, emocionalmente também. É muito legal viver isso e participar de uma equipe que tá muito a fim de chegar nessa final.

A outra semifinal do vôlei sentado feminino será entre China, que também venceu os três jogos da fase de classificação, e Canadá. A partida também acontece nesta sexta, no mesmo local do jogo do Brasil, às 8h30 (de Brasília).