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Destaques - Entrevista - Internacional - 8 de agosto de 2023

Amanda: “Estar em quadra como um leão” em Lodz

Confira uma entrevista com a ponteira brasileira Amanda, reforço do LKS Lodz


A ponta Amanda será uma das novidades do LKS Lodz na temporada 2023/2024. A brasileira já iniciou os treinamentos na Polônia para defender o título da Tauron Liga e disputar a Champions League. O site oficial do time compartilhou, nesta terça-feira (8/8), uma entrevista com a jogadora feita pelo Strefa no último fim de semana.

Como uma experiente jogadora, você concorda que defender o título de um campeonato é mais difícil do que ganhá-lo?
Com certeza. Graças a Deus já conquistei muitas medalhas na vida e sei como é difícil conquistar mais um título. Assim que você o conquista, todos também estarão mais motivados para uma partida contra você.

Como equipe, é como se você tivesse um alvo extra nas costas?
Sim! Temos que ser ainda mais inteligentes em quadra como equipe, jogar com mais intensidade e respeitar uns aos outros. Boas jogadoras e uma boa comissão têm que trabalhar juntos e ir na mesma direção. Sei que vai ser um trabalho difícil, mas temos que estar preparadas para isso.

Como você lida com a pressão de atuar em jogos importantes, ganhar títulos e competir no mais alto nível?
Sinto isso durante a maior parte da minha vida, porque joguei em times de ponta e na Seleção. Como jogadora, quero sempre conquistar mais títulos. Quero estar no degrau mais alto do pódio e sei o quanto é difícil conseguir isso. É preciso focar no objetivo e jogar passo a passo para construir o resultado em momentos difíceis.

O que você pode falar sobre a torcida em Lodz? Eles estão próximos de como os fãs brasileiros apoiam?
Eu amo o vôlei como esporte. Adoro a sensação dos torcedores jogando conosco e sei que vocês têm grandes torcedores aqui. Andando por Lodz, já senti a paixão que os fãs têm. Aguardo os jogos dentro de casa, porque eles nos darão uma energia extra para lutar por mais vitórias.

O que você mais gosta de fazer em quadra? Qual é o seu ponto forte?
Sou uma jogadora experiente, então procuro ser uma completa. Na minha posição, você tem que ser inteligente e pensar no que está acontecendo e o que pode acontecer em quadra. Principalmente no final do jogo. Você não pode perder tempo e não estar devidamente focado. O vôlei está se desenvolvendo rapidamente hoje em dia, então temos que estar cientes de quão rápido podemos jogar, de quanto tempo as partidas podem durar. Também temos que ser muito pacientes. Temos que ser como guerreiros em quadra. Minha abordagem é que devo estar em quadra como um leão. Tenho que treinar muito para estar pronta para qualquer coisa que possa acontecer.

Você se sente pronta para uma temporada tão intensa quanto promete ser?
Sim claro! Há mais e mais jogos a cada temporada. Claro, o vôlei está se desenvolvendo e há cada vez mais partidas. Temos que estar prontas para jogar mais na Liga e na Champions. Prontas e saudáveis ​​para fazer o nosso trabalho. Não importa em que liga jogamos. As meninas que jogam pela seleção voltam muito tarde e jogam quase sem parar. Sabemos o quanto é difícil, mas temos que estar preparadas. Em primeiro lugar, nossas cabeças devem estar prontas para isso.

Você faz algo especial para preparar a mente antes do jogo?
Eu medito. Adoro fazer isso, então tento meditar e focar no jogo. Você tem que limpar a cabeça para estar pronta e focar corretamente no que fazer em quadra. Dentro dela, você tem que pensar em muitas coisas. Medito muito antes do jogo, mas também durante o dia.

Você também pratica ioga?
Sim! Eu gosto muito disso. É uma ótima maneira de acalmar e colocar a cabeça no estado certo. Nosso trabalho é intenso tanto para o corpo quanto para a mente, então você tem que estar preparada para tudo.

Qual a coisa mais estranha que você já ouviu sobre a Polônia antes de vir para cá?
Para ser sincera, não senti nem ouvi nada de estranho. Quando você sai do seu país para o exterior, precisa manter a mente aberta. É como chegar na casa de alguém. Preciso entender a cultura do país em que vivo. Sinto-me bem na Polónia porque vejo que os poloneses têm uma grande energia. A comida é boa, o vôlei é excelente. É o suficiente para me sentir bem e fazer bem o meu trabalho.

Do que você mais sente falta quando está no exterior?
Da minha família, claro. Estou muito feliz que meu marido tenha vindo para cá comigo. Ela me apoia muito, mas também sinto falta do resto da família. Não sei, talvez eu sinta muita falta do sol no inverno (risos). Eu sei que os invernos na Polônia podem ser difíceis. Foi o mesmo na Turquia. Veremos, porque realmente não tenho tempo para sentir saudades do Brasil.