Birigui: Brasil usou saque flutuante em cima do líbero para vencer a Rússia
A Seleção Brasileira Masculina sub-21 está classificada para a semifinal do Mundial da categoria, que acontece no Bahrein. Na manhã desta terça-feira, o Brasil venceu, de virada, a Rússia por 3 sets a 1 (21/25, 25/22, 25/20 e 25/22), pela segunda rodada do grupo E.
O resultado deixa o time verde e amarelo com seis pontos e duas vitórias em dois jogos na segunda fase, o que garante uma das duas vagas do grupo na próxima etapa.
No jogo contra os russos o volume defensivo do Brasil fez diferença. No primeiro set o equilíbrio foi a tônica com os dois lados se alternando na frente do placar, mas o time russo foi melhor na reta final. Nos três sets seguintes o saque brasileiro dificultou a linha de passe adversária, diminuindo as possibilidades de ataque. Isso permitiu aos brasileiros contra-atacar com eficiência, o que ajudou bastante no resultado. O destaque individual ficou com o ponteiro Victor Birigui, que anotou 25 pontos.
Saque flutuante
– O jogo hoje contou com nosso bom saque, caçamos o líbero deles, que tem dificuldade de passar o saque flutuante, isso tirou o passe dele da rede. Essa estratégia fez com que eles jogassem a maior parte do tempo com o passe quebrado. O nosso sistema defensivo também funcionou, defendemos muito e viramos no contra-ataque – disse Victor.
O técnico da equipe brasileira, Giovane Gávio, fez coro com o ponteiro Birigui ao destacar o saque e a defesa como chaves na vitória sobre o time russo.
– Nós conseguimos um grande resultado hoje. Nosso time jogou mais solto, sacou bem, conseguimos quebrar o passe da Rússia e fazer uma boa marcação no bloqueio. Nossa defesa trabalhou muito bem também. Agora já vamos pensar na Coreia amanhã, para garantir o primeiro lugar no grupo – comentou Giovane.
Última rodada
Nesta quarta-feira, acontece a última rodada da segunda fase e o Brasil enfrenta a Coreia do Sul às 5h30 (de Brasília).
O Brasil entrou em quadra contra a Rússia com o oposto Angellus, o levantador Rhendrick, os centrais Edson Junio e Guilherme Voss, os ponteiros Victor Birigui e Lucas Figueiredo, e o líbero Bruno Bello. Entraram o oposto Oppenkoski e o levantador Gustavo Orlando.
Criado em 1977, o Mundial Sub-21 masculino de voleibol chega à vigésima edição. A Rússia é a recordista de títulos com dez ouros (incluídas as conquistas da era da União Soviética). O Brasil tem 13 medalhas e é o segundo maior vencedor (quatro ouros, seis pratas e três bronzes).
MUNDIAL SUB-20 MASCULINO
Grupo A – Bahrein, China, Marrocos e Porto Rico
Grupo B – Argentina, Cuba, Egito e Coreia do Sul
Grupo C – República Tcheca, Irã, Rússia e Tunísia
Grupo D – BRASIL, Polônia, Canadá e Itália
TABELA GRUPO D
18.07 (QUINTA-FEIRA) – BRASIL 3×1 Polônia (25/23, 23/25, 25/18 e 25/19)
19.07 (SEXTA-FEIRA) – BRASIL 3×0 Canadá (25/15, 25/19 e 25/13)
20.07 (SÁBADO) – BRASIL 0x3 Itália (22/25, 15/25 e 18/25)
TABELA GRUPO E
22.07 (SEGUNDA-FEIRA) – BRASIL 3×0 China (28/26, 25/23 e 25/21)
23.07 (TERÇA-FEIRA) – BRASIL 3×1 Rússia (21/25, 25/22, 25/20 e 25/22)
24.07 (QUARTA-FEIRA) – BRASIL x Coreia do Sul, às 5h30 (horário de Brasília)
SELEÇÃO MASCULINA SUB-21
1 – Nathan Krupp – ponteiro – 1,95m – 17anos
2 – Bruno Bello – líbero – 1,82m – 20 anos
3 – Gustavo Orlando – levantador – 1,89m – 16 anos
4 – Rhendrick Rosa – levantador – 1,83m – 20 anos
6 – Gabriel Cotrim – central – 2,04m – 19 anos
7 – Marcus Vinícius Coelho – ponteiro – 1,99m – 18 anos
9 – Victor Cardoso – ponteiro – 1,99m – 20 anos
10 – Lucas Figueiredo – ponteiro – 1,90m – 20 anos
12 – Angellus da Silva – oposto – 2,01m – 18 anos
14 – Guilherme Voss – central – 1,98m – 19 anos
16 – Edson Junio – central – 2,01m – 19 anos
20 – Welinton Oppenkoski – oposto – 1,95m – 19 anos
HISTÓRICO DO BRASIL NOS MUNDIAIS SUB-21 MASCULINOS
13 MEDALHAS (4 ouros/6 pratas/3 bronzes)
1977 (Brasil) – Bronze
1981 (EUA) – Prata
1989 (Grécia) – Bronze
1993 (Argentina) – Ouro
1995 (Malásia) – Prata
1997 (Malásia) – Prata
1999 (Tailândia) – Bronze
2001 (Polônia) – Ouro
2003 (Irã) – Prata
2005 (Índia) – Prata
2007 (Marrocos) – Ouro
2009 (Índia) – Ouro
2013 (Turquia) – Prata
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