Brasil oscila muito e perde para as dominicanas na Liga das Nações
Seleção Feminina enfrenta a Rússia, nesta quinta-feira, em Brasília (DF)
Apesar dos 29 pontos da ponteira Gabi, que carregou o time nas costas nos dois últimos sets, a Seleção Brasileira sofreu sua primeira derrota na Liga das Nações 2019. Na noite desta quarta-feira, a equipe do técnico José Roberto Guimarães perdeu para a República Dominicana por 3 sets a 1 – parciais de 25-22, 25-20, 22-25 e 28-26 -, no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília (DF), pela segunda rodada da competição. No confronto que abriu a rodada, a Rússia derrotou a China por 3 sets a 1 – parciais de 25-22, 16-25, 25-16 e 25-23.
Nesta quinta-feira, o Brasil enfrenta a Rússia, a partir das 20h, pela última partida desta primeira semana da Liga das Nações. Antes, às 17h, as invictas dominicanas enfrentam a China, que ainda não venceu no torneio, com uma equipe alternativa – a titular só vai disputar a próxima etapa, em junho. As asiáticas já estão classificadas por serem a sede da fase final.
As dominicanas quebraram uma escrita de 21 derrotas seguidas para as brasileiras em torneios internacionais. Além dos 29 pontos de Gabi, pontuaram no Brasil: Paula Borgo 12, Mara 8, Bia 7, Amanda 6, Lorenne 4. Pelo lado das caribenhas, os destaques foram a oposta De La Cruz, com 20 pontos, seguida pela ponteira Martinez, com 18 acertos, os dois grandes nomes da vitória em Brasília.
Dois sets ruins
Em ritmo de reconstrução, após vários pedidos de dispensa por lesões e aposentadorias e jogadoras que ainda se recuperam fisicamente como a oposta Tandara e a ponteira Natália – além da central Carol, que ainda não se apresentou -, o Brasil mostrou sinais de falta de entrosamento. Principalmente diante de uma equipe experiente e com jogadoras habilidosas e de grande poder de ataque como as caribenhas.
Nos dois primeiros sets, a superioridade das dominicanas foi evidente e preocupou. Sem poder de ataque, o Brasil parecia perdido e não conseguia virar as bolas de side out. A capitã Gabi, muito bem marcada – sempre com pelo menos duas marcadoras altas na sua rede -, pouco apareceu. As rivais, ao contrário, mostravam agressividade e potência no fundamento. Na primeira parcial, a Seleção Brasileira marcou apenas 9 pontos de ataque, contra 15 das rivais e perdeu por 25 a 22.
No set seguinte, a República Dominicana comandou o placar com um bloqueio eficiente, que amortecia todas as bolas para Martinez e De La Cruz, inspiradíssimas, colocarem no chão. Gabi, no entanto, entrou no jogo, pontuando mais e virando bolas difíceis, ganhando a confiança necessária para o set seguinte. Zé Roberto colocou a jovem promessa Julia Bergmann, de apenas 18 anos, em quadra, no lugar da ponteira Amanda, mas, nervosa, errou dois passes.
Reação
No terceiro set set, Gabi e a Seleção Brasileira entraram de vez no jogo. E, assim como no na estreia, contra a China, chamou a responsabilidade do jogo para si, virando bolas impossíveis. O bloqueio brasileiro, até então ineficiente, passou a funcionar e, com ele, a relação com a defesa. Lorenne e Paula se revezaram na saída e o Brasil fechou o set em 25 a 22, levantando a torcida no Nilson Nelson.
A Seleção manteve o ritmo forte no quarto set, boqueando bem e virando as bolas de segurança, sempre com Gabi, decisiva. Mayany entrou no lugar de Mara, que não teve a mesma eficiência no ataque apresentada contra a China. Gabi passou a ficar bem marcada e, numa boa sequencia de saque das adversárias, a diferença a favor – que chegou a ser de três pontos (22 a 19) – se transformou numa virada dominicana (22 a 23). O Brasil lutou, com Gabi virando todas e Mayany salvando um match point. Mas, em um contra-ataque, a República Dominicana fechou o set em 28 a 26 e o jogo em 3 sets a 1.
Brasil: Macris, Paula Borgo, Mara, Bia, Gabi, Amanda e Leia (líbero). Entraram: Roberta, Lorenne, Julia Bergmann, Tainara, Mayany
Técnico: José Roberto Guimarães
República Dominicana: Marte, De La Cruz, Rivera, Brayelin Martinez, Jinerly Martinez, Arias e Gaila Cairo (líbero). Entraram: Peña, Perez, Gonzalez, Rodriguez
Técnico: Marcos Kwiek
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