Brayelin Martinez: “Podemos chegar muito longe”
O ano de 2020 começou com um sonho sendo realizado por Brayelin Martinez. Ela foi uma das protagonistas da classificação da República Dominicana para os Jogos Olímpicos de Tóquio, após vitória sobre México, Canadá e Porto Rico.
Na estreia em Olimpíadas, ela terá mais uma vez o Brasil pela frente, na primeira fase (relembre os grupos aqui). Adversário de inesquecíveis duelos recentes mundo afora.
Aos 23 anos, vivendo um dos melhores momentos da carreira, a jogadora agora volta o foco ao Dentil/Praia Clube. Na primeira passagem pelo vôlei brasileiro, a dominicana Martinez é uma das principais apostas para a conquista da Superliga, da Copa Brasil e do Campeonato Sul-Americano.
Em entrevista por e-mail, a tímida Brayelin Martinez falou com o Web Vôlei sobre a experiência no vôlei brasileiro, a conquista da vaga olímpica, o trabalho com Marcos Kwiek, entre outros temas.
Quais as primeiras impressões sobre a Superliga brasileira?
Sempre achei que a liga brasileira é bastante exigente e boa. O voleibol do Brasil é de muito alto nível.
Já se sente totalmente adaptada ao time?
Sim, já me sinto bem adaptada, já que me trataram muito bem.
Pelo elenco, o Praia é apontado como favorito ao título. Concorda?
Sim, estamos trabalhando muito duro. O Praia é um time que luta muito e acho que causou uma ótima impressão, por isso é considerado o favorito ao título.
Ficou decepcionada com a participação no Mundial de Clubes?
Não, não fiquei desapontada com a minha participação. Eu acho que fiz um bom trabalho. Obviamente, eu poderia ter me dado mais, mas isso é alcançado trabalhando duro.
Você já havia enfrentado várias companheiras do Praia pela seleção. Já tinha amizade com alguma delas? Quem é mais próxima de você no elenco?
Sim, eu já havia enfrentado algumas jogadoras, nunca tive amizade com elas. Mas, agora que a conheço, sei que elas são pessoas muito boas. Costumo me dar bem com todas, mas com as que mais compartilho a amizade são Angélica, Ananda, “Las Gemelas” (Monique e Michelle), Pri Daroit e principalmente Nicole (Fawcett).
Qual a importância do Marcos Kwiek para sua carreira?
Muito importante. Ele foi uma das pessoas que aumentou meu potencial como jogadora, me deu muitas oportunidades e confiança na seleção nacional dominicana.
O que acha ter faltado para a República Dominicana ter vencido o Brasil no Pré-Olímpico em Uberlândia?
Acho que o jogo tinha que ser para um dos dois, acho que demos muito, mas não o suficiente. Elas se aproveitaram disso.
O Pré-Olímpico, no fim de semana, teve alguns sustos, principalmente na estreia. Qual o balanço você faz da campanha que garantiu a vaga olímpica?
Não foi assustador no começo, sabíamos o que havia acontecido e apenas mantivemos a calma e soubemos como nos recuperar. Como nós, elas também queriam a vaga para Tóquio-2020. Conseguimos jogar bem e sair com a vaga. Estou muito feliz pelo resultado e por ir para meus primeiros Jogos Olímpicos da carreira.
A República Dominicana vem nitidamente evoluindo no cenário internacional, vencendo grandes seleções e incomodando cada vez mais. O que você coloca como diferencial da seleção? E até onde vocês podem chegar?
Acho que minha equipe merece muito sucesso, porque é muito trabalhadora. Nós claramente avançamos nosso nível de jogo já que percebemos que merecemos estar entre as melhores. Podemos chegar muito longe.
Brenda Castillo sofreu um sério acidente de carro. Como foi reencontrá-la nesta última semana?
Brenda é uma guerreira. Eu senti muita alegria vê-la na quadra novamente, é como se nada tivesse acontecido. Eu a vi com o mesmo desejo e o mesmo espírito de luta.