Com 30 pontos de Herrera, Cuba bate o Brasil no tie-break

O Brasil perdeu a sua primeira partida na VNL 2023. A Seleção Masculina foi derrotada por Cuba por 3 sets a 2, parciais de 25-16, 22-25, 27-29, 25-22 e 20-18 -, na noite deste sábado, em Ottawa, no Canadá. O time do técnico Renan Dal Zotto venceu o Canadá, na estreia, e a Argentina, quinta-feira, por 3 a 2. Cuba vinha de três derrotas consecutivas e fez sua melhor apresentação nessa primeira semana do torneio, bem no passe e com o levantador Taboada distribuindo com eficiência, sem chance para o bloqueio brasileiro.

O Brasil encerra a sua participação na primeira semana da Liga das Nações contra os Estados Unidos, neste domingo, às 15h30, ainda em Ottawa. O jogo terá transmissão pelo SporTV 2 e também pelo canal do Web Vôlei no YouTube, com narração de Bruno Souza e comentários de Gurja e Daniel Bortoletto.

Abouba foi o maior pontuador do Brasil, com 23 pontos, seguido por Lucarelli, com 20. Os destaques de Cuba foram o oposto Herrera, com 30 acertos e o ponteiro López, do Sada Cruzeiro, com 17. Agressiva no saque e no ataque e surpreendentemente muito bem no passe, Cuba matou o jogo no bloqueio, principalmente no tie-break: 14 a 8.

Renan escalou o Brasil com: Bruninho, Abouba, Adriano, Lucarelli, Otávio, Flávio e Maique. No primeiro set, no entanto, Honorato substituiu Adriano para melhorar o passe, mesma troca feita na vitória sobre a Argentina. Alan sentiu uma lesão na última partida e entrou apenas nas inversões com Cachopa. Renan segue alternando os líberos. Começou com Maique de titular contra o Canadá e Thales foi a opção contra a Argentina. Entraram durante o jogo Cachopa, Alan, Judson e Arthur Bento.

No primeiro set, o Brasil foi amplamente dominado. Muitos erros, pouca eficiência no ataque, passe com dificuldades. Praticamente nada deu certo. Renan ainda tentou mudar, trocando Abouba por Honorato e colocando Arthur Bento no lugar de Adriano. Mas a melhor atuação cubana na VNL de 2023 rendeu uma vitória merecida aos caribenhos, com folga.

Para a segunda parcial, Honorato voltou no lugar de Adriano. E o Brasil conseguiu estabilizar seus fundamentos, tanto que largou em vantagem (10 a 6). Cuba reagiu em uma passagem de Taoada pelo saque, trazendo o equilíbrio de volta, empatando o set em 10 a 10.  Com 19 a 19, Cachopa, que havia entrada na inversão do 5-1 com Alan, salvou uma bola quase milagrosa depois de um passe ruim de Lucarelli. O próprio ponteiro virou a bola e depois o Brasil deslanchou para empatar o confronto.

O set teve um grande momento de confusão, após um ataque de Abouba, que fecharia o set. o desafio chegou a mostrar a bola desviando no block de Cuba. O árbitro confirmou e os brasileiros chegaram a mudar de lado de quadra. Cuba ficou revoltada, alegando que a imagem era de um lance anterior. Depois de muito tempo de paralisação, foi exibida a imagem certa. E o jogo prosseguiu. Na sequência, Lopez errou o saque e a parcial acabou em 29 a 27 para o Brasil.

Cuba voltou focada no saque na quarta parcial e fez logo 5 a 1, obrigando Renan e pedir tempo e parar o jogo. Na sequência, fez a troca de levantadores, colocando Cachopa no lugar de Bruninho. Com Herrera virando tudo, os cubanos mantiveram a boa vantagem e fecharam o set em 25 a 22, empatando tudo .

Renan voltou com Bruninho para o tie-break. Cuba marcou 4 pontos de bloqueio, enquanto o Brasil desperdiçou contra-ataques importantes. Ainda assim, equilibrou o jogo na reta final, diminuindo a vantagem cubana que era de quatro pontos (11 a 7) para empatar em 12 a 12, incendiando a torcida brasileira em Ottawa. Cuba chegou a comemorar a vitória em 17 a 15, mas o Brasil pediu toque na rede e o desafio confirmou: 16 a 16. O jogo seguiu, mas num ace, Herrera, o nome do jogo, fechou a partida em 3 a 2. Grande jogo de Cuba.