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Destaques - Internacional - Tóquio-2020 - 17 de maio de 2021

Egonu cotada para ser porta-bandeira olímpica da Itália

Oposto vem de uma temporada perfeita com o Conegliano


Paola Egonu, apenas 22 anos, vem de uma temporada perfeita com o Conegliano. Sem perder desde dezembro de 2019, o time conquistou todos os títulos disputados, com sua oposto brilhando fortemente. Em alta, ela vê o nome sendo cogitado, inclusive, para ser a porta-bandeira da Itália na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Em entrevista ao Corriere della Sera, Egonu festejou a possibilidade. Para ela, mais do que uma escolha esportiva, será um divisor de águas na sociedade.

– Isso seria ótimo, uma honra. Eu gostaria de assumir essa responsabilidade sobre meus ombros, realmente: eu, negra, italiana… A ignorância e certas coisas do passado precisam de um rompimento. Estou pronta. Vamos lá, nessa revolução! – disse Egonu.

No encerramento da temporada de clubes, Egonu foi MVP da Champions League na vitória sobre o Vakifbank, da Turquia, por 3 sets a 2. No tie-break, ela marcou simplesmente dez dos 15 pontos do Conegliano, terminando o jogo com 41.

Em alta no cenário internacional, ela ainda não prevê uma experiência fora da Itália. Times da Turquia e da China já sondaram a atleta.

– Não estou pronta para sair. Não com ginásios vazios, sem gritos ou festas. As Olimpíadas ainda serão disputadas na bolha, mas no próximo ano será diferente, espero. Depois irei avaliar a experiência no exterior – comentou.

Perguntada sobre a maturidade de liderar um time e uma seleção com apenas 22 anos, ela admite:

– No fundo sou uma jovem de 22 anos que quer pessoas reais ao seu lado. Às vezes tenho meus momentos de fraqueza.

Atualmente Egonu treina para a Olimpíada, já que a Itália decidiu manter uma equipe B para a Liga das Nações, em Rimini. Nenhum dos principais nomes do país estará jogando na bolha a ser realizada no país a partir do fim deste mês de maio.