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Destaques - Seleção Brasileira - Tóquio-2020 - 24 de março de 2020

Mudança olímpica faz Renan criar novos cenários para 2021

Mudança no calendário da Olimpíada deixa cenário mais imprevisível


A confirmação do adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio para 2021 promoverá, entre tantas mudanças de planejamento, uma reabertura na disputa interna por espaço nos elencos dos esportes coletivos. Renan Dal Zotto, técnico da Seleção Brasileira masculina de vôlei, já se prepara para um cenário novo. Até ontem, ele tinha dois meses para definir os 12 jogadores para a Olimpíada. Agora terá, pelo menos, um ano, desde que o Comitê Olímpico Internacional (COI) confirme a realização dos Jogos entre julho e agosto de 2021.

– Está tudo aberto. Em um período tão grande de tempo, muita coisa pode acontecer. Eu já vi muita coisa mudar em véspera de grandes competições, com vários garotos surgindo e ganhando espaço – comentou Renan ao Web Vôlei.

Depois de um 2019 de muitos testes e bons resultados, com a conquista da Copa do Mundo, a Seleção masculina já tinha uma base bem sólida para a Olimpíada de 2020. Arrisco a dizer que no máximo duas vagas ainda estariam abertas entre os 12 para Tóquio, para definição na Liga das Nações (um central e um ponteiro). Com a mudança radical de cenário e calendário, alguns atletas terão de manter a boa fase por mais tempo, enquanto outros, em baixa, terão nova chance de reconquista de espaço.

Reproduzo aqui coluna escrita em outubro do ano passado, após a Copa, com esse cenário das vagas.

O técnico concordou com a decisão do Comitê Olímpico Internacional (COI).

– Era a melhor solução. Numa competição do porte da Olimpíada é preciso ter risco zero. Também é preciso ter a igualdade, o fair play. Para muitos, a preparação seria prejudicada nesta quarentena por conta do coronavírus. Foi uma tomada correta de decisão e ponto – comentou Renan.

Para ele, os próximos meses serão de análise do cenário para definir como organizar os planos da Seleção masculina:

– Planejamento e treinamento são nossos dois pilares. E estamos sem os dois atualmente. Na verdade, todo mundo está. Hoje eu já penso em plano B, plano C, pois o ano olímpico voltou a ser ano pré-olímpico. Não sabemos como serão os próximos jogos, talvez com poucos jogos, o que talvez nos obrigue a ter uma programação de amistosos. Agora temos de monitorar, ficar atentos, acompanhando o que será feito nos clubes.

Por Daniel Bortoletto