Praia deixa primeira impressão impactante

A temporada 2021/2022 começou com os títulos mineiro e da Supercopa para o Dentil/Praia Clube. E mais do que isso. A forma como o time dominou o Itambé/Minas nos primeiros dos vários encontros dos próximos meses chamou muito a atenção.

As duas vitórias por 3 sets a 0 foram marcadas por atuações dominantes do Praia. Em raros momentos o time de Uberlândia pareceu perder o controle das ações. Venceu ambos com certa folga. É verdade que o Minas teve a preparação prejudicada pelos casos de covid de Pri Daroit, Neriman Ozsoy e Pri Heldes, jogadoras que ficaram 15 dias afastadas e voltaram a jogar sem praticamente ter treinado pós-recuperação. Isso, porém, não tira o mérito das performances do Dentil/Praia Clube.

Nos fundamentos, a maior dúvida que eu tinha teve uma resposta positiva neste primeiro momento: Kasiely começa a temporada dando sustentação para a linha de passe. A saída de Fê Garay deixou essa enorme lacuna a ser preenchida. Chegaram ao time também Tainara e Vanessa Janke. Paulo Coco optou por Kasiely na formação titular inicial e já existe um encaixe.

Com a recepção estabilizada, Claudinha tem feito o ataque funcionar. Como falei na live desta terça-feira, no Canal do Web Vôlei no YouTube, a levantadora parece estar mais segura, precisa e confiante. Com Brayelin Martinez e Anne Buijs para “alimentar”, o poderio ofensivo é claro.

O bloqueio também me chamou a atenção, com Jineiry Martinez e Carol voando nos primeiros jogos. Suellen, como muito bem observado por vários vôleifãs, também abriu a temporada muito bem na defesa.

Sem falar nas opções de banco, muitas delas certamente seriam titulares em vários times: Wal, Ariane, as duas ponteiras já citadas acima, Angélica…

Esse pacote completo dá ao Praia o status de “time do momento”. É claro que ainda tem muito a evoluir no decorrer da temporada. E esse tempo também dá alento aos principais concorrentes, como Minas e Sesi Bauru, que deixaram uma impressão inicial ruim. Mas, agora, neste momento do ano, a equipe a ser batida é a de Uberlândia.

Por Daniel Bortoletto