Roberta Naiane
Home Paris-2024 Roberta e Naiane: evolução após passagem pela Polônia
Paris-2024 - Seleção Brasileira - 11 de setembro de 2023

Roberta e Naiane: evolução após passagem pela Polônia

A dupla de levantadoras fala sobre evolução no vôlei europeu


Roberta, de 33 anos, e Naiane, de 28, têm em comum histórias de sucesso no vôlei polonês. Agora, mais um elo une as levantadoras. Com o pedido de dispensa por questões físicas de Macris, caberá a elas ditar o ritmo da seleção feminina no Pré-Olímpico, que começará no sábado (16/9), em Tóquio (no Japão). São oito equipes em busca de duas vagas nos Jogos de Paris 2024. A equipe de José Roberto Guimarães estreia contra a Argentina, às 4h (de Brasília), com transmissão ao vivo da TV Globo e do Sportv 2.

As duas levantadoras viveram na Polônia suas primeiras experiências internacionais em clubes. Roberta vai para sua terceira temporada no LKS Lodz. Na última, além de faturar o título polonês, foi eleita a MVP da competição. Naiane jogou uma temporada no país e também foi campeã nacional, pelo Chemik Police – na sequência, voltou ao Brasil, passando por Pinheiros e agora no Dentil/Praia Clube.

– A primeira temporada não foi fácil. O time me recebeu muito bem, mas viver no frio e longe da minha família foi difícil e não joguei como gostaria. Mas aos poucos fui me adaptando. Para a próxima temporada, tenho metas altas. Vai ser o ano que antecede os Jogos Olímpicos e quero estar na melhor forma. Estou em um clube que me respeita muito. A Polônia tem um amor pelo voleibol muito grande. Isso me fez crescer como jogadora e pessoa – conta Roberta

Roberta tem outros motivos para comemorar. No final de agosto, ajudou a seleção feminina a conquistar o 23º título do Sul-Americano e foi eleita a melhor levantadora da competição.

– Ganhar um prêmio individual mostra algumas coisas. Foi uma boa competição. Estamos nos reencontrando como equipe. Já viramos a página, mas vamos trazer tudo de bom do Sul-Americano para o Pré-Olímpico – aposta Roberta, que ainda recebeu o troféu de MVP, repassado por Gabi. – O Pré-Olímpico tem muitos jogos em poucos dias. É uma competição de tiro curto. Estou confiante e vejo o time em uma crescente. Nosso primeiro adversário é a Argentina. Jogamos muito bem contra elas em Recife, mas sabemos que estão em um bom momento, conquistaram a Copa Pan-Americana de forma inédita.

Última jogadora a se juntar ao grupo que disputa o Pré-Olímpico, Naiane fala sobre seu crescimento nas últimas temporadas.

– A Polônia foi um divisor de águas na minha carreira, por motivos profissionais e pessoais. Foi uma experiência que me deu força para voltar ao Brasil com outra mentalidade e novos desejos. Foi um caminho trilhado para estar novamente na seleção brasileira. Fico feliz de estar no grupo – diz Naiane, que disputou a primeira etapa da Liga das Nações deste ano com a equipe. – Desde o início me senti parte do grupo, foi uma experiência muito rica. Voltar nesse momento tão importante, no principal campeonato do ano, é muita responsabilidade e a certeza de que o trabalho está sendo bem feito. Estamos correndo atrás dos nossos objetivos com muita convicção do que podemos fazer.

No Pré-Olímpico, o Brasil está no grupo B ao lado de Argentina, Peru, Bulgária, Porto Rico, Turquia, Bélgica e Japão. As equipes jogam entre si e as duas mais bem classificadas garantem um lugar nos Jogos de Paris.

O Brasil faz um período de aclimatação na cidade de Okazaki, no Japão, com as levantadoras Naiane e Roberta, as opostas Kisy, Rosamaria e Tainara, as ponteiras Gabi, Julia Bergmann, Maiara Basso e Pri Daroit, as centrais Carol, Diana, Lorena e Thaisa e as líberos Natinha e Nyeme. Uma delas ainda será cortada antes da estreia.