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Praia - 6 de julho de 2019

Sarah Pavan: da quadra para o título mundial na praia

Depois de fazer sucesso na quadra, inclusive no Brasil, Pavan vira campeã mundial na praia


O choro de Sarah Pavan, ajoelhada na areia da belíssima Arena Rothenbaum, em Hamburgo, na Alemanha, neste sábado, marcou o ápice de uma incrível jornada de cinco anos.

A então oposto conquistava o segundo título consecutivo da Superliga feminina com o Rexona, na temporada 2013/2014. Era uma das estrangeiras de destaque no vôlei brasileiro, após já ter rodado parte do mundo. Semanas depois, resolveu aceitar um convite da Federação Canadense para dividir as quadras com as areias, treinando e competindo na seleção nacional de vôlei de praia.

O desafio de atuar em duas modalidades distintas havia começado um ano antes. Ao lado de Bansley, disputou algumas etapas do Circuito Mundial de 2013. Jogou nove etapas ao fim da temporada de clubes pelo Rexona. O quinto lugar em duas competições, uma delas no Grand Slam de Long Beach (EUA), foi o melhor resultado. Repetiu a dose em 2014, com a mesma parceira, em mais 11 etapas, e novamente sem nunca chegar a avançar para a semifinal de uma competição internacional.

A incerteza sobre o futuro nas areias fez Sarah Pavan seguir dividindo o tempo com o vôlei no ano seguinte. Mas precisava tomar uma decisão e arriscou ao escolher dedicar-se integralmente ao vôlei de praia. Participou do ciclo olímpico e, ao lado de Bansley, se classificou para a Rio-2016, e mais uma vez ficou em quinto lugar. No início de 2017, com uma nova parceira, Melissa Humana-Paredes, a mudança de patamar.

Os estilos casaram. Melissa, bem mais baixa (1,75m contra 1,98m), deu estabilidade no passe, qualidade na defesa e uma virada de bola técnica. Pavan, com sua canhota poderosa para atacar e peso no bloqueio, tomou conta da rede. E, dois anos e dois meses após a estreia, elas derrotaram as americanas April Ross e Alix Klinemann por 2 a 0 (23-21 e 23-21) e conquistaram o título mundial. O primeiro da história do Canadá.

– É uma sensação incrível. É um sonho realizado. É algo que iremos carregar conosco para sempre. Era o nosso grande objetivo na temporada – admitiu Pavan, 32 anos.

Após o jogo, Sarah Pavan fez questão de agradecer Bernardinho pelos ensinamentos em duas temporadas no Rio de Janeiro.

Sarah Pavan em ação pelo Rexona (Divulgação)

– Ele é uma lenda em todos os sentidos. Sou muito grata por ele ter me dado uma chance quando eu era bem jovem. Ele me ensinou muito, me fez crescer como jogadora de vôlei e psicologicamente como atleta. Me sinto uma pessoa de sorte por ter trabalhando com alguém como ele – disse Sarah, ao Globo Esporte.

O resultado fará Sarah Pavan e Melissa Humana-Paredes escalarem o ranking mundial. Elas entraram no Mundial em sexto e como a segunda dupla do Canadá, atrás de Bansley/Brandie, em quarto. A nova lista será divulgada pela Federação Internacional na segunda-feira.

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