Wallace
Home Destaques Wallace diz que Alan está “voando” e que não se vê em Paris-2024
Destaques - Entrevista - 5 de junho de 2020

Wallace diz que Alan está “voando” e que não se vê em Paris-2024

O oposto Wallace foi campeão olímpico nos Jogos do Rio-2016


O oposto Wallace, 32 anos, disse, em live para o site “Olimpíada Todo Dia”, que não se vê nos Jogos de Paris-2024. O jogador, campeão olímpico no Rio, em 2016, defendeu o Sesc RJ na última temporada e acertou sua transferência para a Turquia.

– Não vai dar para mim (a Olimpíada de 2024). Uma geração está pedindo passagem. O Alan é nítido como ele está voando. Isso é bom para a seleção, para o Brasil, e que continue aparecendo mais jogadores como ele – disse o oposto.

– Eu não vou falar que não estarei lá, porque eu realmente não sei. Acho muito difícil pelo fato dessa safra de jogadores da mesma posição que eu que vem vindo. Eles estão pedindo passagem, mas tudo é possível – completou o jogador.

Wallace e Alan atuaram juntos no Sada/Cruzeiro, clube para o qual o jovem oposto de 26 anos acertou seu retorno nesta semana. O ex-jogador do Sesc pediu dispensa da Seleção na Copa do Mundo do Japão, em outubro do ano passado, para passar mais tempo com a família – a esposa estava grávida do segundo filho do casal – abrindo o caminho para que Alan pudesse disputar sua primeira competição como titular com a camisa da Seleção Brasileira. Ele não decepcionou e foi eleito o MVP do torneio.

– É um cara que tinha tudo para crescer e conseguiu. Foi excelente ele poder ter jogado essa Copa do Mundo. Isso é importantíssimo para um jogador ganhar experiência e ritmo na seleção. Eu entrei dessa forma. Comecei jogando algumas etapas da Liga Mundial na época, logo depois foi o Pan-Americano e assim por diante. Para se dar bem na seleção é preciso jogar. Não é fácil se manter, não é demagogia. O difícil não é nem chegar, é você se manter em alto nível. Claro que a idade vai chegando, a gente vai perdendo o vigor físico, mas em contrapartida vamos ganhando mais experiência, vai sendo mais malandro e usando de outras artimanhas. Eu vejo o Alan chegando como eu cheguei na seleção brasileira. Então ele tem tudo para estourar na seleção – disse.

Wallace viveu a pressão com a camisa da Seleção de ter de conquistar o ouro nos Jogos do Rio, após uma “chuva” de medalhas de prata: o Brasil foi vice-campeão nos Jogos de Pequim-2008 e Londres-2016 e vinha foi também três vezes vice-campeão da Liga Mundial:

– Antes da Olimpíada de 2016, eu fiquei com o pensamento de por que tanta prata? O que me deixava mais tranquilo é que nunca foram os mesmos adversários. O Brasil sempre chegava no vôlei. Não interessa se ganhava ouro ou prata, o Brasil sempre chegava. Pensava que só podem estar guardando uma coisa muito boa porque não tem condição a gente bater tanto na trave. Ninguém treinava mais que a gente, é um fato. E em 2016 a gente conseguiu a maior conquista. Só quem realmente joga, quem realmente conquista isso, sabe o sentimento. É uma mistura de dever cumprido com a sensação de que conquistamos a maior medalha dos esportes. É uma coisa inenarrável. É uma sensação absurda – completou o oposto.