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Coluna - Superliga - 12 de novembro de 2019

Opinião: Não sei em quem apostar na Superliga feminina


A Superliga feminina 2019/2020 começa com uma sensação estranha no ar. Acho que dá para perceber apenas ao ler o título incomum deste texto.

Com muitas mudanças nos principais times, fica a impressão de existir um leque maior de candidatos a fazer “algum estrago” nos próximos meses.

Numa divisão por prateleiras, coloco o Dentil/Praia Clube acima dos demais neste início de temporada. Muito por conta do investimento para montar um elenco com peças de reposição invejáveis, principalmente nas pontas e na saída de rede.

Fawcett (EUA), Brayelin Martinez (DOM), Fernanda Garay, Monique, Michelle e Pri Daroit poderiam ser titulares em quase todos os time do país. Juntas dão ao técnico Paulo Coco um leque enorme de opções para ter um time mais equilibrado no passe, outro com poderio de ataque respeitável… Sem contar com selecionáveis no meio de rede (Carol e Wal) e na posição de líbero (Suelen). No papel, é o time a ser batido.

Em uma segunda prateleira, times com mudanças importantes em comparação com 2018/2019, envoltos em muita expectativa. Vamos a eles:

* O Sesc com Tandara, Fabíola, Amanda, Natinha, Milka e Lara, talvez mantendo apenas Drussyla em comparação com a Superliga passada na base titular. Quase tudo novo, apenas com selecionáveis, e com Bernardinho sedento por voltar a uma decisão. A torcida carioca aposta alto, com razão, na volta dos grandes momentos do projeto.

* O campeão Itambé/Minas com a difícil tarefa de substituir Gabi, Natália e Lavarini. Não é fácil para qualquer time do planeta. Deja McClendon (EUA) e Roslandy Acosta (VEN) são apostas, mais incógnistas do que certezas. Nicola Negro carregará um peso extra pela temporada passada quase perfeita. Mas precisa de tempo e paciência da torcida.

* O Sesi Bauru foi outro a fazer apostas interessantes no mercado, com Dani Lins, Polina Rahimova (AZE) e Sarah Wilhite (EUA). O Paulista, porém, mostrou uma fragilidade preocupante na linha de passe. Sem o fundamento, apostar apenas na potência da azeri e de Tifanny pode ser pouco para sonhos mais altos.

* O Osasco Audax também passou por uma metamorfose. Roberta, Casanova, Jaqueline, Bjelica, Bia e Mara. Um time titular todo novo, mantendo apenas Camila Brait, símbolo do projeto, sem contar peças de reposição: Fernando Tomé, Ellen, Vanessa… É outro time com necessidade de tempo para saber se vai se encaixar ou não.

* E por fim o São Paulo/Barueri. Time pouco cotado para entrar numa lista antes do Paulista. Sem o mesmo orçamento, a aposta foi a juventude. E ela surpreendeu ao conquistar o Estadual. O time ganha confiança, mas também uma pressão extra para seguir surpreendendo. Vale ficar de olho em Lorenne, Nyeme, Mayany & Cia.

Resumo da ópera: com o cenário acima, espero uma das melhores Superligas femininas dos últimos tempos. Mas sem convicção para fazer uma aposta certeira.

Por Daniel Bortoletto

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