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Coluna - 25 de março de 2019

Coluna: Atletas e clubes votaram contra mudanças aprovadas no estatuto da CBV


A Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Confederação Brasileira (CBV), no sábado, em Natal (RN), alterou o estatuto da entidade sobre colégio eleitoral e peso dos votos. E o modelo aprovado não contou com a aprovação de atletas e clubes.

Ambos queriam uma igualdade maior com as federações, mas a proposta vencedora ainda não dá um equilíbrio para clubes e atletas nas decisões, apesar do aumento de “cadeiras” no colégio eleitoral.

Até então, tinham direito ao voto, além das 27 federações, quatro atletas indicados pelas Comissões Nacionais de Atletas de vôlei de praia e quadra (atualmente Emanuel, Harley, André Heller e Kid), e dois representantes de clubes (Minas e Pinheiros), todos com o mesmo peso. Agora, passam a ter direito ao voto 54 atletas indicados pelas Comissões Estaduais de Atletas de vôlei de praia e quadra (dois por estado); oito atletas medalhistas olímpicos (quatro de praia e quatro de quadra) e nove representantes dos clubes (o mínimo exigido pela legislação atual com confederações com representação em 27 estados). Os pesos diferentes dos votos, porém, mantiveram as federações com poder de decisão maior.

– 27 federações com peso seis (um total de 162)
– Quatro atletas indicados pelas Comissões Nacionais de Atletas com peso seis (24)
– 54 atletas indicados pelas Comissões Estaduais com peso um (54)
– Oito atletas medalhistas olímpicos – praia e quadra – com peso um (8)
– Nove representantes dos clubes com peso um (9)

Como as decisões dependem de metade mais um dos votos para aprovação, bastam então 22 federações alinhadas para uma vitória. Isso se todo o colégio estiver presente no dia da votação, algo que duvido que aconteça com atletas, quase sempre envolvidos em competições nas datas das assembleias.

Três federações não votaram na proposta vencedora. São Paulo e Minas Gerais escolheram a ideia levada pela entidade paulista, que previa o colégio eleitoral com o mesmo peso (um), sendo formado pelas 27 federações, nove clubes e 18 atletas. O Minas Tênis Clube também optou por essa alternativa.

Já a Federação Paranaense e três representantes dos atletas (Emanuel, Kid e Harley) escolheram uma proposta que foi desenvolvida por uma comissão formado por seis federações, além do próprio Emanuel, e enviada aos participantes da Assembleia juntamente com o edital: 27 atletas com peso 1 (um por estado), 30 atletas com peso 2 (eleitos pela comissão já existente) e nove clubes também com peso 1. As 27 federações teriam peso 6 nos votos, com os noves clubes com peso 1.

A Assembleia eem Natal (Divulgação/CBV)

No fim das contas, a decisão acertada e elogiável de aumentar a participação de clubes e atletas nas confederações esbarra na diferença abissal entre o valor dos votos na comparação com as federações.

Texto de Daniel Bortoletto originalmente publicado no LANCE!

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