Gattaz: “Se tivesse essa cabeça há 10 anos minha história no vôlei seria outra”
A central do Minas admitiu viver o melhor momento da carreira aos 37 anos
A central Carol Gattaz falou sobre o excelente momento vivido na carreira em entrevista à CBV.
E, mesmo começando uma resposta em tom de brincadeira, deu sua explicação séria e coerente sobre estar no auge aos 37 anos. E deu crédito ao Minas por parte deste sucesso.
– Até brinco que se eu tivesse essa cabeça há 10 anos minha história no voleibol seria outra. Eu não sabia diferenciar o que era uma jogadora de vôlei e uma atleta. Hoje sei que sou uma atleta. Eu tenho meu momento de descanso, faço uma alimentação balanceada com suplementos e cuido do meu corpo. Tudo vem com a experiência e a tranquilidade que você adquire com os anos. Sou uma atleta que sempre se dedicou muito dentro de quadra, mas a parte de fora dela, como o cuidado com o corpo e da mente, eu adquiri há uns cinco ou seis anos depois que eu vim para o Minas Tênis Clube.
Gattaz é capitã do time mineiro, ajudou ona conquista do Campeonato Mineiro, foi MVP no Sul-Americano de Clubes e um dos destaques na campanha que culminou com o vice-campeonato mundial de clubes, na China. Na Superliga Cimed 18/19, a jogadora é mais uma vez destaque e tem o ataque mais eficiente da competição, com 63% de aproveitamento.
A central ainda falou sobre a parceria afinada com a levantadora Macris, os planos para a temporada e o momento do Minas.
MVP do Sul-Americano de Clubes, vice-campeã mundial de clubes, atacante mais eficiente da Superliga, tudo isso com 37 anos. Dá para dizer que hoje você vive um dos melhores momentos da carreira?
Acredito que sim. Venho construindo isso há anos e tem coisas que só consegui descobrir na minha carreira sendo mais experiente. Antes, mais nova, não enxergava o que eu precisava para me manter em alto nível. Esse momento também aconteceu graças a minha equipe que tem evoluído a cada competição.
Como você vê o Minas Tênis Clube nessa temporada?
Nosso time tem se mostrado muito guerreiro. O Minas trouxe atletas importantes como a Natália e a Gabi que vieram para somar com esse grupo juntamente com a Bruna Honório. É um grupo muito bom e coeso. São meninas do bem, estão de coração aberto e gostam de treinar. Temos uma líbero experiente, a Léia, na minha opinião a melhor da Superliga Cimed. A Macris está dando show por méritos dela. É uma jogadora que treina muito. Temos muito ainda a crescer e vamos seguir trabalhando bastante.
Essa é a 25ª temporada da Superliga. Qual o momento mais especial que você viveu nessa competição?
Tive muitos momentos especiais nesses 25 anos e devo ter disputado umas 18 Superligas. Eu ganhei três vezes essa competição. Todos os campeonatos têm um gosto especial. O primeiro foi com o Finasa Osasco (SP) e me marcou bastante. A primeira conquista com o Rexona (RJ) aconteceu depois do meu corte dos Jogos Olímpicos de Pequim/08 que foi o pior baque da minha carreira. Esse título foi o mais especial. Todas as Superligas que eu disputei com a camisa do Minas Tênis Clube também me marcaram porque a cada ano que passa eu sinto mais amor por esse clube e essa torcida. Foi um time que sempre me acolheu muito bem. Estou em casa e a vontade no Minas Tênis Clube.
O que os torcedores podem esperar do Minas Tênis Clube nesse returno e nos playoffs da Superliga?
Os torcedores podem esperar um Minas muito aguerrido e sempre em busca da vitória. Sabemos do cansaço das competições, mas o nosso grupo é especial. A responsabilidade é grande de manter essa invencibilidade, mas sabemos que ainda estamos longe do ideal. Todas as equipes têm muito o que melhorar e a cada jogo queremos jogar melhor do que o anterior.
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