Fluminense: aposta em elenco alto, jovem e agressivo
Tricolor manteve o que deu certo e preencheu carências para tentar voltar a uma semifinal
Primeiro campeão brasileiro de vôlei feminino, em 1976, e seis vezes campeão sul-americano, o Fluminense aposta em um elenco alto, jovem e agressivo para manter a tradição, em busca de posições mais altas na Superliga 2022/2023. O Tricolor carioca é o tema da 12ª matéria da série especial do Web Vôlei sobre os 24 participantes da principal competição do vôlei brasileiro.
Mesmo após uma temporada desafiadora, em que perdeu oposta e levantadora titulares durante o campeonato, o clube conseguiu igualar a melhor posição na tabela desde o retorno à primeira divisão, em 2016: um sexto lugar. O plano agora é dar um salto maior e alcançar novamente uma semifinal, o que não acontece há décadas.
No ano passado, o Fluminense foi desafiado a recorrer à força do elenco após as baixas de Bruna Moraes, que sofreu uma lesão no Tendão de Aquiles logo na primeira fase da Superliga, e de Bruninha, flagrada em exame antidoping e suspensa por três anos.
Sem a levantadora e com a saída de Fran Tomazoni, a equipe trouxe Juma (1,81m), ex-Sesc RJ Flamengo, e Amanda Sehn (1,80m), ex-Valinhos, reformulando praticamente todo o setor com duas atletas mais altas. Clarinha, que defende a Seleção Brasileira sub-21, segue no grupo.
Na saída de rede, a diretoria manteve a dupla de opostas que agradou. Kimberlly, de 22 anos e 1,90m, honrou a posição durante a lesão de Bruna Moraes, de 22 anos e 1,92m, que, recuperada, tem muito a apresentar.
Dentre as ponteiras, o Fluminense renovou com a joia da base Mayara e com Gabi Cândido, referência na preparação e também destaque no setor ofensivo. Os reforços da argentina Elina Rodríguez, de 1,89m, que já disputou a Superliga por Barueri, e Pietra (1,85m), que vem do Lodz, da Polônia, aumentam as opções.
Paredões renovados
No meio de rede, a prioridade sempre foi manter Lara (1,88m) e Lays (1,85m). A primeira viveu uma temporada especial ao retornar ao clube pelo qual tem forte identificação: foi a sexta melhor bloqueadora da Superliga 2021/2022, com 73 pontos, e terminou o campeonato com 53% de aproveitamento em ataques. A segunda encerrou o ano em quarto lugar no bloqueio, com 83 pontos. Dani Seibt (1,88m), de 22 anos, e Larissa Gongra (1,88m), de 31, completam o quarteto de centrais.
O técnico Guilherme Schmitz, auxiliar de Wagão na Seleção Brasileira feminina sub-21 e profundo conhecedor das categorias de base do Fluminense, estará mais uma vez à frente do elenco, que já treina nas Laranjeiras e poderá ter o retorno de partidas no Hebraica.
Posição na última Superliga: 6ª.
Reforços contratados: Juma (levantadora), Amanda Sehn (levantadora), Pietra (ponteira), Elina Rodríguez (ponteira) e Larissa Gongra (central).
Quem teve o contrato renovado: Clarinha (levantadora), Kimberlly (oposta), Bruna Moraes (oposta), Gabi Candido (ponteira), Mayara (ponteira), Lara (central), Dani Seibt (central), Lays (central), Teté (líbero) e Lelê (líbero).
Quem saiu: Bruninha (levantadora – suspensão por doping), Francine Tomazoni (levantadora – Unilife/Maringá), Clara Oliveira (levantadora), Jada Burse (ponteira), Stephany Morete (ponteira – Barueri), Isabella Rocha (ponteira – Energis 8 São Caetano), Paula Mohr (ponteira – Pinheiros) e Fran Jacintho (central – Unilife/Maringá).
Estrangeira: Elina Rodríguez (Argentina).
Técnico: Guilherme Schmitz.
Competições previstas no calendário: Campeonato Carioca, Copa Brasil e Superliga.
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