Histórico! Minas vira um 24 a 19, bate Eczacibasi e está na final do Mundial
Vitória por 3 a 2 sobre as turcas coloca time de BH na briga pelo ouro
O dia 8 de dezembro já está na história do Minas Tênis Clube. Em Shaoxing, na China, a equipe feminina se classificou para a final do Campeonato Mundial com uma virada espetacular sobre o Eczacibasi, da Turquia.
Certamente eu já defini anteriormente outras atuações como espetaculares. Talvez tenha exagerado ao ver o que o Minas fez neste sábado.
Contra uma verdadeira seleção internacional, o time de Belo Horizonte perdia por 1 a 0, com Larson e Boskovic voando, e tinha desvantagem de 24 a 19. E o que parecia perdido se transformou numa das maiores reviravoltas já vistas no vôlei.
Foram cinco set points salvos, vários deles no bloqueio em cima da oposto sérvia, simplesmente uma das principais jogadoras da atualidade. A virada para 26 a 24, algo que pouca gente poderia acreditar naquele momento da semifinal, faz o duelo mudar completamente.
E isso é explicado com o resultado do terceiro set: 25 a 13. Isso mesmo! 12 pontos de vantagem, sem dó nem piedade. Marco Aurélio Motta tirou Kim, Boskovic, trocou de levantadora… Nada impediu o passeio minastenista.
Em um quarto set mais tenso (time brasileiro ansioso para fechar e o turco no tudo ou nada), o Minas mostrava força e chegou a ter 20 a 16. Mas a ponta Kim jogou demais e fez o Eczacibasi reagir. Vibrante, até diferente do seu estilo tradicional, a coreana desequilibrou e o apertado 25 a 23 levou a definição do finalista para o tie-break.
Na parcial decisiva, o emocional pesa sempre. Não deixaria de ser assim em uma semi de Mundial. O Minas abriu rapidamente 3 a 0, obrigando o técnico brasileiro do Eczacibasi pedir o primeiro tempo.
A presença mineira na final foi se aproximando, com a vantagem sendo mantida. Ponto a ponto a vaga se aproximava. As turcas chegaram a encostar: 9 a 7, forçando Stefano Lavarini a parar o jogo. E o fim se aproximava. E certamente arrancou lágrimas de alguns torcedores quando Gabi fez o último ponto para fechar em 15-12.
Festa brasileira na China!
Eu seria injusto se citasse apenas uma jogadora aqui. Macris pode ter feito a melhor atuação da carreira, com uma lucidez enorme para distribuir os ataques. A jovem Mayany saiu do banco para dar o peso que o block precisava. Gabi, Bruna Honório e Natália, com oscilações normais para um jogo como esse, seguraram muito bem a virada de bola. Carol Gattaz, em sua “China” habitual, e Léia segurando passe e defesa, e Lavarini. Esse Minas tem o dedo, a cara, a alma do técnico italiano. Que grandíssimo trabalho ele faz no Brasil desde a temporada passada!
Neste domingo, às 10h (de Brasília), o Minas fará a final contra o Vakifbank, que passou pelo Dentil/Praia Clube por 3 a 1. Com moral de sobra para fazer história mais uma vez.