Vaivém: “Desfigurado pelo mercado”, Hinode/Barueri inicia reconstrução
Time paulista passará por grande reformulação
Dani Lins foi para o Sesi Bauru. Thaisa defenderá o Itambé/Minas. Amanda, Natinha e Milka atuarão no Sesc. A argentina Elina Rodriguez já defende o Conegliano nos playoffs do Italiano e pode seguir na Europa. Ou seja: metade do time do Hinode/Barueri na temporada 2018/2019 não seguirá sob o comando de José Roberto Guimarães, obrigando uma profunda reformulação.
O cenário proporcionará oportunidades para outras atletas que estavam no elenco e fazem parte dos planos para a temporada 2019/2020. Casos, por exemplo, da levantadora Juma e da jovem ponta Tainara.
Duas apostas para o presente e também para o futuro. Juma conviveu com problemas no joelho durante a Superliga, terminou a Superliga em boa forma (física e técnica) e deu conta do recado quando precisou substituir Dani Lins. Dentro do atual cenário da posição no país, é uma opção segura, visto que as tops da posição já definiram o futuro: Macris seguirá no Itambé/Minas, Roberta trocou o Sesc pelo Osasco/Audax, o Sesc fechou com Fabíola, ex-Sesi Bauru, e Claudinha deverá ser oficializada como substituta de Carli Lloyd no Dentil/Praia Clube. Para tentar dar um passo a mais na carreira, Juma precisa agora jogar toda uma temporada com regularidade.
Já Tainara é uma joia a ser lapidada. É comparada nos bastidores com Natália, pela força, personalidade, estilo de atacar. Apesar de não ser titular do Hinode/Barueri na temporada, ela chamou a atenção no tempo que ganhou em quadra e despertou inclusive o interesse de clubes da Itália e da Turquia. Pela idade (19 anos), acerta em ganhar rodagem no país antes de alçar voos mais altos no exterior.
Uma possibilidade ainda não descartada em Barueri é a permanência de Skowronska, a melhor jogadora do time com folga na Superliga. A polonesa deixou as portas abertas antes de retornar para a Europa. O lado ruim para os torcedores do Hinode/Barueri é que ela voltou a ter mercado em grandes centros ao provar a recuperação da cirurgia no joelho durante a competição nacional.
Por fim, Sheilla já manteve conversas com Zé Roberto. O acerto pode mesmo acontecer, já que ambos possuem uma longa relação profissional e sabem que podem se ajudar na temporada 2019/2020. Na entrevista ao Web Vôlei, na semana passada (link abaixo), ela admitiu que o treinador a ajudou no processo de convencimento a voltar a jogar, falou do trabalho de recuperação física e elogiou a jovem Tainara.
Zé Roberto ainda vai aproveitar mais jovens das categorias de base (projeto possui times sub-17, sub-19 e sub-21) e para isso precisa no elenco de referências. E neste caso Sheilla pode ser ainda mais útil.
Por Daniel Bortoletto
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