Adenízia fala ao Web Vôlei sobre o bom momento na Itália
Central está na briga com o Scandicci pelos títulos italiano e da Champions
O Scandicci, da central brasileira Adenízia, segue firme na disputa pelos títulos do Campeonato Italiano e da Champions League.
No torneio local, o time está em terceiro lugar, atrás das potências Conegliano e Novara. Por falar em Conegliano, o time foi batido no decorrer da semana pelo Scandicci pelo principal torneio europeu de clubes, resultado que garantiu o time de Adenízia nas quartas de final e praticamente eliminou o poderoso rival.
Nesta entrevista por e-mail, a jogadora brasileira falou sobre momento, planos para o futuro e Seleção Brasileira.
Vencer um clássico italiano contra o Conegliano e de quebra garantir presença inédita nos playoffs da Champions. Poderia ter sido mais especial a noite de quarta-feira?
Foi mais que especial vencer dentro de casa, depois de perder o primeiro set. Somos um time forte e precisamos entender isso. Estou muito feliz pela minha equipe, o caminho é longo e duro.
Houve tempo para uma comemoração ou o momento do puxado calendário impediu?
Com esse calendário está sendo difícil. Já treinamos na sexta e temos jogo importante no sábado contra o Busto.
Nas últimas partidas, pelo Italiano ou pela Champions, você tem se destacado por pontuar muito no bloqueio. Como analisa esse seu momento no fundamento? Tem realizado algo especial (treinamento específico, análise de adversárias) para atingir números tão bons?
Eu estava muito mal no início, tendo que trabalhar duro na parte física. Meu rendimento estava abaixo do normal, perdi alguns jogos por conta do meu joelho, mas agora estou melhor e crescendo cada dia mais. Ainda tenho um longo caminho para fazer o meu melhor. Como o calendário é complicado, não nos resta muito tempo para treinar, mas quando consigo sempre faço um pouco a mais no bloqueio.
Os times turcos (Vakifbank e Eczacibasi), verdadeiras seleções mundiais, têm dominado o cenário europeu nos últimos anos. Ambos também já se classificaram na Champions. Você também os vê um pouco acima dos demais?
A Turquia é uma potência do voleibol mundial, investem muito nas melhores jogadoras do mundo. A Itália ainda está retornando a ser como antes.
A briga no Italiano também está bem intensa com Novara e Conegliano. Vocês aí no Scandicci trabalham com alguma meta nesta final de returno, já pensando nos confrontos para os playoffs?
Nossa meta é o título. Não existe outra.
Mudando de assunto. Tem conseguido acompanhar a Superliga brasileira? se sim, o que tem achado?
Acompanho pouco a Superliga, mas o que vejo estou gostando. Revelações, a história de finais mudando, Minas, a minha casa, sendo o estado do voleibol. O cenário brasileiro mudou muito e isso é sempre importante.
O trabalho do italiano Stefano Lavarini, no Minas, tem sido muito elogiado por aqui. Por acaso isso tem repercutido mais por aí também?
Eu gosto muito do Stefano, acho que ele se encaixou muito bem no Minas. O nome dele é forte aqui e ele tem muito ainda a crescer. Pode se tornar um dos melhores técnicos do mundo.
Para finalizar, uma questão sobre a temporada de seleções. Depois de um 2018 sem os resultados esperados da Seleção Brasileira, o que você espera para 2019, um ano puxado de VNL, de classificatório olímpico, de Copa do Mundo?
Não foi uma temporada boa para a Seleção, espero que tudo sirva de lição para os próximos anos. Precisamos focar sempre e só pensar em voleibol quando estamos vestindo a camisa do nosso país. Este ano também será difícil para a Seleção, mas tenho certeza que o Zé saberá guiar o nosso grupo.
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