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Superliga - 8 de abril de 2019

Itambé/Minas vence o Osasco/Audax no Liberatti e está na final da Superliga


Não foi uma atuação de gala. E, em vários momentos, o Itambé/Minas até jogou mal, com dificuldade em virar a primeira bola e mostrou deficiência no passe – dois pontos fortes da equipe, normalmente. Mas, no final das contas, valeu a consistência e a força ofensiva e as comandas do técnico Stefano Lavarini derrotaram o Osasco/Audax por 3 sets a 1 (parciais de 25/15, 19/25, 27/25 e 25/19), em 2h de jogo, na noite desta segunda-feira, no Ginásio José Liberatti, em Osasco (SP), fechando a série semifinal da Superliga Cimed Feminina 2018/2019, em dois jogos e garantindo a vaga na final da competição.

As minastenistas tinham vencido o primeiro confronto, semana passada, em Belo Horizonte (MG), pelo mesmo placar. Osasco estava invicto em seu caldeirão havia 7 jogos. 

O adversário na decisão é o Dentil/Praia Clube, que nesta segunda-feira garantiu a vaga ao derrotar o Sesi/Bauru por 3 sets a 0, em Uberlândia (MG), fechando o playoff em 2 jogos a 0. O time do Triângulo é o atual campeão da Superliga. A primeira partida da final será no dia 21 de abril – Domingo de Páscoa -, às 11h, no Mineirinho, em Belo Horizonte (MG).

Gabi marcou 15 pontos (João Pires/FotoJump)

A ponteira Gabi, que marcou 15 pontos, foi eleita a melhor em quadra e faturou o Troféu VivaVôlei. 

“A gente sabia que ia ser um jogo difícil, por ser no Liberatti, onde a torcida faz muito barulho. O Osasco está de parabéns pela partida que fez. Nosso ataque não saiu como antes, como na partida anterior, elas sacaram muito bem. Hoje foi a vitória do conjunto. A gente tem 12 dias para nos preparar para essa final, esse clássico mineiro. Sem dúvida vai ser uma final eletrizante, as grandes finais foram todas contra o Praia, a gente perdeu o último jogo para elas. Vamos estudar, ver o que a gente precisa melhorar até lá. Com conjunto, a gente pode ir longe e dar esse título para o Minas”, disse Gabi. 

Gabi foi eleita e melhor do jogo e ficou com o VivaVôlei (João Pires/FotoJump)

A oposta do Osasco, a norte-americana Hooker, foi a maior pontuadora do jogo, com 22 pontos. Pelo Minas, Natália marcou, Bruna Honório 16, Carol Gattaz 10 e Mara, 7. Os outros destaques do time paulista foram a ponteira Mari Paraíba, com 14 pontos, e a central Walewska, com 10.

A central Carol Gattaz voltou a falar do seu grande momento na carreira:

“Hoje eu sei cuidar do meu corpo, da minha alimentação, do descanso e hoje eu aprendi a ser uma atleta. Com essas cinco temporadas no Minas eu aprendi a ser uma outra atleta. Sem dúvida é o melhor momento da minha carreira. 

Sobre a final contra o rival Praia, a central disse que espera muito equilíbrio. 

“Vai ser um grande jogo. Praia tem uma excelente equipe. A equipe delas vem melhorando nesses playoffs. Agora é descansar e preparar para essa final, que tenho certeza que essa final mineira vai entrar para a história”, disse a central. 

Camila Brait defendeu muito (João Pires/FotoJump)

O Minas sofreu em dois fundamentos em que costuma sobrar contra os adversários: ataque e passe. E, Macris, a melhor levantadora do campeonato, alternou bons e maus momentos e acabou substituída no quarto set por Bruninha – mas voltou no final da parcial. 

O jogo

O jogo começou equilibrado. Osasco conseguiu colocar em prática a proposta de sacar taticamente em Natália, na tentativa de atrasar a saída da ponteira do Minas para o ataque e o Minas sofreu um pouco na recepção. O set seguiu empatado em 7 a 7, quando, em dois contra-ataques com Natália e Bruna Honório – além de um erro de Hooker -, as mineiras abriram 10 a 7. Luizomar pediu tempo. O Minas sacava bem, obrigando Claudinha a jogar com as pontas e facilitando o bloqueio e a defesa. Nesse ritmo, o time visitante abriu 17 a 10, jogando a pressão para a equipe da casa e obrigando Luizomar a parar o jogo novamente. Na volta, Gabi bloqueou Lorenne na saída e o Minas ampliou: 18 a 10. 

Osasco começou uma reação, marcando três pontos seguidos, na base do bom volume de jogo, com Brait pegando tudo. Foi a vez de Lavarini pedir tempo, com o placar apontando 18 a 13 para a equipe mineira. Osasco seguiu recuperando a bola na defesa e pontuando nos contra-ataques. Paulo Pequeno fez o 14º ponto, levantando de vez a torcida no Liberatti. 

Mas, Bruna Honório parou o bom momento das rivais. Ela foi para o saque e só saiu de lá com o placar em 23 a 15 para o Minas. Em um ataque à meia força, colocado, Natália fechou o set em 25 a 15, abrindo 1 a 0 no jogo, em 25 minutos. 

O Minas venceu o primeiro set (Orlando Bento/MTC)

Osasco começou imprimindo um ritmo forte no saque no segundo set, defendendo bem e definindo com Hooker, colocando 5 a 1 no placar. Lavarini gastou seu primeiro tempo. Em dois erros de Gattaz – uma rede e um ataque para fora -, Osasco aumentou para 7 a 2 e depois para 9 a 4. Hooker finalmente entrou no jogo e, num bloqueio de Nati Martins sobre Natália, as donas da casa foram para 11 a 4. Lavarini fez a inversão do 5 x 1 colocando Bruninha e Malu nos lugares de Macris e Bruna Honório. Osasco seguiu imprimindo o ritmo intenso, com Camila Brait defendendo tudo no fundo de quadra e o Minas errando ataques. Com 14 a 7 a favor das anfitriãs, Lavarini queimou seu segundo tempo técnico. O Minas esboçou uma reação, chegando a 15 a 12, depois de dois bons saques de Mayany.

O Minas enfrentava problemas em virar as bolas de segurança, principalmente com Bruna Honório, que parava na defesa de Osasco. Natália tinha apenas 3 pontos no jogo e as ponteiras de Osasco faziam a festa nos contra-ataques – além de Hooker virando tanto na saída de rede quanto da linha dos três. Com 18 a 14 no placar, a torcida da casa não parava de cantar. O Minas chegou a diminuir a diferença para dois pontos: 21 a 19 e teve a bola para encostar, mas uma rede da Gabi manteve o Osasco na frente: 22 a 19. Em um contra-ataque com Hooker, as donas da casa chegaram a 23/19. Em dois aces de Mari Paraíba, as anfitriãs fecharam o set em 25 a 19, em 29 minutos. 

Luizomar orienta as suas jogadoras (João Pires/FotoJump)

Minas e Osasco voltaram com centrais diferentes no terceiro set. No time mineiro, Mayany começou no lugar de Mara e Natasha foi a opção no lugar de Nati Martins. O Minas abriu rapidamente 7 a 3, com dois pontos de Gattaz, mas Osasco buscou o placar, fazendo 7 a 8. Natália, bem marcada, não conseguia pontuar, parando no bloqueio rival. As mineiras abriram 12 a 8, mas o bom volume de jogo fez as donas da casa empatarem em 12 a 12.  

As donas da casa seguiram sacando bem – em cima da Natália – e fechando a porta para Gabi na rede e, nesse ritmo, fizeram 17 a 15. A linha de recepção do Minas sofria, enquanto as mineiras sacavam mal, na mão da melhor passadora do time, Camila Brait. O set seguiu equilibrado, com os dois times trocando pontos. Em dois bons saques de Natália, o Minas virou para 20 a 19, mas em um erro de recepção de Leia, após um bom saque de Natasha, a equipe empatou: 21 a 21. O Minas teve o set point em 24 a 22 com Gattaz, na China, mas teve contra-ataque de Hooker não perdoou. Num bloqueio de Mayany sobre a norte-americana, as mineiras fechara em 27 a 25, fazendo 2 a 1 na partida, em 35 minutos.

Osasco começou o quarto set bem no bloqueio parando Natália e Gattaz, fazendo 3 a 2. Lavarini sacou Macris e colocou Bruninha para levantar, numa opção técnica, já que as bolas de segurança da titular estavam um pouco fora da rede. Osasco vencia por 7 a 5 quando Mayany torceu o pé após tropeçar em Bruninha na quadra e deixou a quadra. Mara retornou ao jogo e as mineiras viraram em 9 a 8, após um bom contra-ataque de Gabi.  Em um ace de Mara, as visitantes fizeram 10 a 8 e Luizomar parou logo o jogo, além de trocar Paula Pequeno por Angela Leyva na rede. Foi a vez de Osasco fazer um ponto de ace, com Leyva em cima de Natália para empatar tudo: 10 a 10. Com dois aces seguidos de Bruna Honório, o Minas abriu 14 a 10. 

Mara ataca (João Pires/FotoJump)

Mas, Osasco voltou a sacar bem, dificultando o passe das mineiras e a diferença caiu para dois pontos: 15 a 13. Foi a vez de Lavarini pedir tempo. Numa boa passagem de Mari Paraíba pelo saque, o Minas sofreu na recepção e as donas da casa empataram em 17 a 17. Lavarini parou novamente o jogo e voltou com Macris no lugar de Bruninha. Num contra-ataque de Natália e um bloqueio de Mara sobre Hooker, as mineiras abriram novamente: 19 a 17. 

Osasco sentiu dificuldade no passe e, com dois bons saques de Natália em cima de Leyva, as mineiras chegaram 23º ponto, contra 18 das anfitriãs. Em um toque na rede de Osasco, o Minas fechou o set em 25 a 19 e o jogo em 3 sets a 1. 

As mineiras estão na final da Superliga (Orlando Bento/MTC)

Osasco/Audax: Claudinha, Hooker, Paula Pequeno, Mari Paraíba, Nati Martins, Walewska e Camila Brait (líbero). Entraram: Lorenne, Natasha, Kika, Carol Albuquerque e Angela Leyva. 

Técnico: Luizomar de Moura

Itambé/Minas: Macris, Bruna Honório, Natália, Gabi, Carol Gattaz, Mara e Leia (líbero). Entraram: Bruninha, Malu, Mayany, Lana e Geórgia

Técnico: Stefano Lavarini

Jogadoras do Osasco agradecem o apoio da torcida (João Pires/FotoJump)

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