Carol Solberg e Maria Elisa faturaram título em Fortaleza
Na decisão, vitória sobre Ágatha e Duda por 2 sets a 0
A capital cearense já está nos corações da dupla Carol Solberg/Maria Elisa. Campeãs da etapa de Fortaleza (CE) do Circuito Brasileiro Open de vôlei de praia em 2018, elas repetiram o feito neste domingo, superando na final do torneio Ágatha e Duda por 2 sets a 0 (21/17, 21/17), em 43 minutos. Foi o primeiro título da dupla na temporada 18/19, acompanhado de perto por uma arena totalmente lotada no Aterro da Praia de Iracema.
Este é o terceiro título de etapa do Circuito Brasileiro Open da dupla, que soma também um título do Circuito Mundial. A medalha de ouro rende 400 pontos no ranking e um prêmio de R$ 45 mil para o time, que chega aos 1.320 pontos na classificação geral. Maria Elisa, que nesta segunda-feira completa 35 anos, celebrou o presente antecipado e elogiou o suporte da parceira Carol Solberg durante a decisão.
– Estou muito feliz com esse presente antecipado. A gente batalha tanto. Eu vou fazer 35 anos, e jogando contra meninas da nova geração, que estão em uma curva de crescimento absurda, como é o caso da Duda. O meu objetivo é tentar freá-las, o que é difícil. Estou trabalhando muito duro e estou me sentindo bem fisicamente. Minha parceira me ajuda muito. Nosso trabalho está dando resultado. Eu queria agradecer ao apoio que temos recebido de vários lados. A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), o Comitê Olímpico do Brasil (COB), os patrocinadores. Todos eles têm ajudado de alguma forma, e de uma forma uniforme, em conjunto para todos os times. Isso é importante para o esporte.
Se a dupla já soma dois ouros em Fortaleza, Maria Elisa chega ao quinto título na cidade. Ela também havia vencido em 2009 e 2011 com Talita, e em 2013, com Juliana. A resendense radicada no Rio de Janeiro explicou a relação especial com a torcida local.
– O povo de Fortaleza é maravilhoso, é um público que enche a arquibancada, que participa do jogo, grita contra, gruta a favor. É gostoso fazer um espetáculo para quem realmente quer. Eles esperam o ano todo para esta etapa. Tudo isso acontece porque por trás existe uma equipe muito boa. Estou feliz com o nosso Circuito. Estamos todos juntos tentando melhorar a cada dia que passa. Ano passado o país passou por uma crise, e sobrevivemos, sobrevivemos ganhando medalhas. Acredito que, de mãos dadas, conseguiremos colher bons frutos na próxima Olimpíada, que é o principal objetivo.
Carol Solberg também comentou sobre um dos elementos principais ao atleta de alto rendimento. Assimilar derrotas e manter confiança e paciência no projeto. Ela lembrou que o período de um ano sem subir ao lugar mais alto do pódio no tour nacional não desmotivou o time e destacou o trabalho do técnico Luciano Kioday.
– Eu e a Maria fizemos uma temporada muito legal no ano passado, fomos campeãs gerais. Mas acabamos perdendo algumas finais e disputas de terceiro e quarto depois. Tem um significado muito especial conquistar este título. Na etapa passada estávamos longe do nosso melhor. A gente sempre entra nos torneios para ganhar, mas terminamos em quinto. Tivemos paciência ao voltar para casa e treinar, trabalhar o que não deu certo. E o Kioday é essencial nessa equipe, em manter o time alegre, focado. Ganhar uma etapa te dá um gás, uma confiança para seguir o caminho. Cada final eu aprendo muito e hoje jogamos bem. Estou muito feliz – completou a carioca, filha da ex-jogadora e técnica Isabel Salgado.
A medalha de prata rende prêmio de R$ 29 mil, 360 pontos no ranking e deixa Ágatha e Duda (PR/SE) com 1.360 pontos na classificação geral. Em Fortaleza (CE), as atuais campeãs do Circuito Mundial disputaram a terceira final seguida do tour nacional. A liderança do ranking geral após cinco etapas disputas é de Fernanda Berti/Bárbara Seixas (RJ), que soma 1.600 pontos na classificação. Restam ainda duas paradas, em Natal (RN) e João Pessoa (PB).
Na disputa da medalha de bronze, em um grande duelo, Talita e Taiana (AL/CE) levaram a melhor sobre Fernanda Berti e Bárbara Seixas (RJ) por 2 sets a 1 (19/21, 21/17 e 15/12). Taiana comemorou o pódio em sua cidade natal.
– Muito especial ganhar uma medalha em casa, é a oportunidade que minha família e meus amigos têm de me acompanhar de perto. A torcida passa a conhecer mais da minha carreira, como eu jogo. E jogar com a Talita é uma evolução a cada etapa, ela ainda está nesse período de transição, foi mãe recentemente e temos esse entendimento e paciência. A gente quer sempre mais, mas tendo consciência do tempo natural das coisas. É um bronze com gosto de ouro, por coroar esse trabalho de lapidar a dupla.
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