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Entrevista - 21 de fevereiro de 2019

Magoo fala sobre desafios em Itapetininga e na Seleção masculina sub-19

Treinador analisa os diferentes desafios para a temporada


Fabiano Ribeiro, o Magoo, teve dois grandes desafios em 2018. No primeiro, levou o Vôlei UM Itapetininga à grande final da Superliga B, garantindo, assim, a vaga na elite do vôlei nacional. Depois, conduziu a Seleção Brasileira sub-19 masculina ao título do Campeonato Sul-Americano, colocando o país de volta ao topo e assegurando a classificação para no Mundial da categoria, que acontece este ano na Tunísia, em 2019.

Na Superliga, o treinador está na oitava posição na tabela com o time de Itapetininga, perto de se garantir nos playoffs. Confira a entrevista de Magoo ao site da CBV com os desafios dele para este ano.

Como foi o convite para assumir a seleção sub-19 masculina do Brasil e o que passou pela sua cabeça na hora?
Acredito que havia a intenção de fazer mudanças na base do Brasil, em 2017, quando fui chamado. Quando recebi a ligação fiquei muito surpreso, era algo que eu não esperava. Há uns anos quando trabalhava mais com a base eu tinha essa expectativa. Tomei um susto, mas aceitei o desafio. É um convite que não se pode negar.

Em seu primeiro ano com a equipe sub-19, você conseguiu uma conquista importante, recolocou o Brasil no topo da categoria na América do Sul, depois de seis anos. Como foi esta estreia?
Uma coisa eu posso dizer: não foi nada fácil. Tive muitas dificuldades no início, e contei com uma ajuda valiosa dos outros membros da comissão técnica. O Kadilac (Luiz Carlos da Silva) foi uma peça fundamental neste processo. Eu cheguei e tudo era novidade. Cheguei com algumas ideias, e aprendi outras novas. Também tivemos sorte de termos uma geração muito boa. Os garotos se dedicaram muito e mostraram maturidade durante o período de treinamentos e na competição.

A vitória no Sul-Americano também garantiu classificação no mundial sub-19, que acontece na Tunísia este ano. O que esperar para a temporada com a seleção em 2019?
Ainda estou muito focado na disputa da Superliga Cimed, mas ao mesmo tempo já atento a temporada de seleções. Vejo trabalhos interessantes sendo realizados na Alemanha, na Bélgica, na Itália, na Rússia e no Irã. Eu digo que o Sul-Americano foi minha “festa de debutantes”, e o Mundial será a “crisma”. Conto com o apoio da minha comissão técnica para o trabalho continuar no rumo certo. O Kadilac é uma peça importante nisso, ele tem mais vivência neste ambiente de seleções, na forma como trabalhar. Ainda estou digerindo essa nova realidade, mas sabemos que, para a temporada que está por vir, precisaremos de uma preparação ainda mais forte do que a de 2018.

Magoo no comando de Itapetininga (Divulgação)

E qual paralelo você faz com o trabalho realizado na Superliga, a frente do Vôlei UM Itapetininga, e o da seleção masculina sub-19?
Tudo que fazemos é montado em parceria com uma comissão técnica de confiança, todos temos o mesmo propósito. Temos uma equipe reduzida, mas que é bastante dedicada, o que me traz segurança nos momentos que me ausento para servir a seleção. Aqui trabalhamos com atletas profissionais, o nível é outro, a cobrança é diferente. Pode não parecer, mas trabalhar com a base é mais complexo, e uma experiência complementa a outra.

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