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Destaques - Superliga - 24 de abril de 2019

Após críticas, Gabi Cândido explica dispensa e revela que sofre de síndrome do pânico

Ponteira do Sesi/Bauru foi a sexta jogadora a pedir dispensa da Seleção na temporada


Depois de receber críticas nas redes sociais por ter sido mais uma jogadora a pedir dispensa da Seleção Brasileira na temporadaapós a lista de convocadas divulgada pelo técnico José Roberto Guimarães na semana passada – a ponteira do Sesi/Bauru, Gabi Cândido, usou as redes sociais para justificar, em dois posts, o pedido de afastamento, e revelou sofrer de síndrome do pânico.

“Não devo satisfação a nenhum de vocês, mas já que vocês gostam tanto de nos julgar, por motivos que não cabem a vocês eu vou explicar resumidamente o porquê de eu não ter me apresentado. Tenho uma doença chamada síndrome do pânico; ou seja “crises repentinas de ansiedade aguda, marcadas por muito medo e desespero, associadas a sintomas físicos e emocionais aterrorizantes.” para que entendam melhor”, escreveu a jogadora.

Ela conta que sofre com a doença desde 2017:

“Estar na seleção e uma cobrança muito grande, pressão, viagens longas, quantidade alta de treinamentos, cortes, tudo o que deixa ansiosa e faz atacar minha doença. Estou me tratando há dois anos. Mas não existe 100% de cura para esse tipo de doença. Ela vem e volta quando quer. Quando eu permito. Mas as vezes esse “permitir” foge do meu controle. Em 2017, no mundial Sub 23 fui atacada por essa crise. Não consegui jogar um jogo sequer do campeonato no qual eu tanto esperei e treinei para representar meu país. Em 2018 na copa pan americana na qual eu fui chamada para seleção novamente a história se repetiu. Não conseguia ficar sozinha. Não conseguia tomar banho de porta fechada sozinha; alguém sempre tinha que estar conversando comigo. Alguém chegava atrás de mim e eu me assustava. Vocês gostam de ler isso? Não? Eu não gosto de passar por isso. Imagina você viver 24h do seu dia amedrontada por sua própria sombra. Imagine só você não conseguir andar sozinha e se sentir imprestável como eu me sentia. Sentia que só dava trabalho para os outros, que deixavam de viver a vida deles pra cuidar de mim. Fui me apresentar no Sesi/Bauru somente dois meses depois do campeonato da seleção porque eu não tinha condições de sair da minha cama. Por medo”, completou a ponteira.

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Sirvo a seleção brasileira de base com muito orgulho desde 2012. NUNCA (e quem me conhece sabe e pode afirmar) deixei de dar todos os dias o melhor de mim. Sou imensamente grata ao Zé Roberto pelo reconhecimento do meu trabalho. Sou imansamente grata ao meu técnico Anderson e ao SESI Bauru que me ajudaram a terminar a temporada da melhor maneira que eu poderia. Não devo satisfação há NENHUM de vocês, mas já que vocês gostam TANTO de nos julgar, por motivos que não cabem a vocês eu vou explicar resumidamente o porquê de eu não ter me apresentado. Tenho uma doença chamada síndrome do pânico; ou seja “crises repentinas de ansiedade aguda, marcadas por muito medo e desespero, associadas a sintomas físicos e emocionais aterrorizantes.” para que entendam melhor. Estar na seleção e uma cobrança muito grande, pressão, viagens longas, quantidade alta de treinamentos, cortes, tudo o que deixa ansiosa e faz atacar minha doença. Estou me tratando há dois anos. Mas não existe 100% de cura para esse tipo de doença. Ela vem e volta quando quer. Quando eu permito. Mas as vezes esse “permitir” foge do meu controle. Em 2017, no mundial Sub 23 fui atacada por essa crise. Não consegui jogar um jogo sequer do campeonato no qual eu tanto esperei e treinei para representar meu país. Em 2018 na copa pan americana na qual eu fui chamada para seleção novamente a história se repetiu. Não conseguia ficar sozinha. Não conseguia tomar banho de porta fechada sozinha; alguém sempre tinha que estar conversando comigo. Alguém chegava atrás de mim e eu me assustava. Vocês gostam de ler isso? Não? Eu não gosto de passar por isso. Imagina você viver 24h do seu dia amedrontada por sua própria sombra. Imagine só você não conseguir andar sozinha e se sentir imprestável como eu me sentia. Sentia que só dava trabalho para os outros, que deixavam de viver a vida deles pra cuidar de mim. Fui me apresentar no SESI Bauru somente dois meses depois do campeonato da seleção porque eu não tinha condições de sair da minha cama. Por medo. *continua próxima foto*

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“Eu não queria ter esse tipo de doença. Não queria estar passando por isso, e queria muito que as pessoas antes de cuidarem da minha vida, procurassem saber o real motivo do meu pedido de dispensa. Dói muito em mim ler comentários tão cruéis me chamando de covarde. De pessoas que nem se quer me conhecem ou sabem quem eu sou. Agradeço muito a Deus por estar melhor hoje e a minha família que me dá total apoio e conforto para que eu melhore cada dia mais. E para os corneteiros de plantão, e pra quem me pergunta de coração aberto e quer o meu bem, é por isso que em 2019 peço dispensa da seleção”, continuou a jogadora.

“Por estar com problemas de saúde e necessitar de cuidados e o bem estar que somente a minha família me proporciona. Porque no momento, depois de uma longa temporada cansativa e com todos os objetivos do primeiro ano de Sesi/Bauru sendo alcançados, preciso descansar meu corpo e minha mente. As que estão ou se apresentarão, quero aplaudi-las de pé porque só quem tá lá sabe o quanto a barra é pesada. Desejo sorte a todas as meninas que terão a oportunidade se estar ali. Torcerei com todo o meu coração por cada uma delas. Coisa que vocês também deveriam fazer. Já existem muitas doenças, brigas, armas de fogo nos matando. Vamos nos ajudar, ao invés de apontar o dedo. Seja amor. Agregue. ✨❤️ Fiquem em paz agora e com Deus”, completou Gabi.

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Eu não queria ter esse tipo de doença. Não queria estar passando por isso, e queria MUITO que as pessoas antes de cuidarem da minha vida, procurassem saber o real motivo do meu pedido de dispensa. Dói muito em mim ler comentários tão cruéis me chamando de covarde. De pessoas que nem se quer me conhecem ou sabem quem eu sou. Agradeço muito a Deus por estar melhor hoje e a minha família que me dá total apoio e conforto para que eu melhore cada dia mais. E para os conerteiros de plantão, e pra quem me pergunta de coração aberto e quer o meu bem, é por isso que em 2019 peço dispensa da seleção. Por estar com problemas de saúde e necessitar de cuidados e o bem estar que somente a minha família me proporciona. Porque no momento, depois de uma longa temporada cansativa e com todos os objetivos do primeiro ano de SESI Bauru sendo alcançados, preciso descansar meu corpo e minha mente. As que estão ou se apresentarão, quero aplaudi-las de pé porque só quem tá lá sabe o quanto a barra é pesada. Desejo sorte a todas as meninas que terão a oportunidade se estar ali. Torcerei com todo o meu coração por cada uma delas. Coisa que vocês também deveriam fazer. Já existem muitas doenças, brigas, armas de fogo nos matando. Vamos nos ajudar, ao invés de apontar o dedo. Seja amor. Agregue. ✨❤️ Fiquem em paz agora e com Deus. . . Créditos texto: @lorenneteixeira obrigada miga

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A primeira competição da Seleção Brasileira na temporada é a Liga das Nações (antigo Grand Prix), a partir de 21 de maio. Na sequência, o time disputará o Campeonato Sul-Americano, o Pré-Olímpico e Copa do Mundo.

Confira a lista de convocadas (ainda sem as jogadoras de Itambé/Minas e Dentil/Praia Clube, que estão disputando  a final da Superliga Cimed Feminina 2018/2019):

Levantadoras:

Roberta Ratzke (Sesc RJ)
Juma Silva (Hinode Barueri)

Opostas:

Tandara Caixeta (Guangdong Evergrande)

Centrais:

Ana Beatriz Silva (Bia) (Sesc RJ)
Milka Medeiros (Hinode Barueri)
Lara Nobre (Fluminense)

Ponteiras:

Drussyla Costa (Sesc RJ)
Amanda Francisco (Hinode Barueri)
Líberos:

Natália Pereira Araújo (Natinha) (Hinode Barueri)

CONVIDADAS:

Lorenne Teixeira (Osasco-Audax)
Tainara Santos (Hinode Barueri)
Julia Bergmann (sem clube)

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