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Superliga - 25 de fevereiro de 2019

Renan fala do desafio em Taubaté, divisão com a Seleção, auxiliares, Leal…


Na primeira coletiva como treinador do EMS/Taubaté, Renan Dal Zotto abordou vários temas: Seleção Brasileira, observação de Leal, o desafio de assumir um projeto às vésperas dos playoffs da Superliga.

Confira o que disse o treinador da Seleção e de Taubaté. A estreia será na quinta-feira, no Abaeté, contra o São Francisco Saúde/Ribeirão.

DIVISÃO ENTRE CLUBE E SELEÇÃO BRASILEIRA

Nós tínhamos acordado para a temporada seguinte. E, num segundo momento de conversa, houve o acordo de assumir já. Há uma tendência mundial de os treinadores não serem mais exclusivos nas seleções, assim como acontece com o Bernardo, o Zé Roberto e tantos outros. Apenas três ou quatro ainda não são exclusivos. Pela minha inquietude, isso me incomodava um pouco. Eu levei o assunto para a CBV, na hora eles disseram que seria muito bom para o voleibol também. Sei que fica um ano longo, intenso, mas no final tudo é muito gratificante. Claro que tudo depende de se ter uma engrenagem bem azeitada tanto no clube quanto na Seleção. Eu não vejo problema nenhum. Está muito claro na minha cabeça. Quando se está no clube a prioridade é o clube e quando se está na Seleção, a prioridade é a Seleção.

OSCILAÇÕES DO TAUBATÉ

O elenco da equipe de Taubaté é muito qualificado. Haja visto que temos vários jogadores selecionáveis, outros que já passaram pelas Seleções Brasileiras e alguns jovens muito interessantes. Então é um elenco muito bom. Eu tenho uma admiração muito grande pelo Daniel Castellani, é meu amigo pessoal, é uma pessoa muito boa, um profissional muito competente, com uma certa filosofia de trabalho. Talvez não conseguiu traduzir isso em resultados visíveis. Conseguiu ganhar jogos contra clubes importantes, mas oscilou um pouco. Temos de tentar entender o que causou essa oscilação. Não viemos aqui fazer milagre, é um trabalho de construção, no dia a dia. Eu acredito em trabalho, planejamento e tenho certeza que foi isso que me provocou assumir esse desafio. Temos tempo hábil com essa parada do Carnaval para ajustar da melhor maneira possível e encontrar o melhor padrão com essas peças que nós temos. O principal agora é tentar tirar o melhor de cada um, a alegria de cada um de estar dentro de quadra.

Taubaté está na terceira colocação da Superliga (Rafinha Oliveira/EMS/Taubaté)

REFORÇOS PARA A COMISSÃO TÉCNICA

– Já começam hoje com o meu preparador físico (Renato Bacchi) e o meu auxiliar técnico, o Mauricio Thomas, um cara que já trabalhou comigo em outras oportunidades, foi também treinador de base da Seleção feminina. Ele recusou a Seleção juvenil feminina para ser meu braço direito. Ele trabalhou ano passado no melhor time do mundo na Turquia (Vakifbank) como auxiliar técnico, entende muito de gestão. Ele estará no comando da equipe quando eu estiver na Seleção. Confio muito nele, porque precisamos de bons profissionais para dar cobertura nos momentos de ausência.

Giovanni Guidetti e Maurício Thomas juntos no Vakifbank (Divulgação CEV)

ATUAL COMISSÃO

Estou trazendo alguns profissionais porque vamos precisar de mais gente quando eu estiver na Seleção. Absolutamente eu não desconsidero os outros profissionais que estão aqui hoje. Quero conhecê-los, seria bom se eu pudesse contar com eles. Nesse final de competição vamos trabalhar com todos. O Daniel falou muito bem de todos os profissionais, ninguém o abandonou em momento nenhum. Temos o Navajas, que construiu uma história no voleibol e vai agrear muito valor. Esse primeiro momento é de adaptação e reconhecimento, e tem de ser muito rápido.  Temos dois dias para definir claramente as funções para cada um dar o seu máximo para tentar fazer essa torcida feliz.

TORCIDA DE TAUBATÉ

A torcida é realmente incrível. Independentemente se está jogando Taubaté contra o décimo classificado ou contra o líder, a torcida está lá cantando, prestigiando, é o sonho de consumo de qualquer atleta. É um ponto muito forte e vai ajudar com certeza nessa reta final da competição. Estou muito motivado, empolgado para dar já o primeiro treinamento, o primeiro contato com os atletas. Quero conversar muito com eles, entender o que está passando na cabeça deles, tentar tirar o máximo deles, seja física, técnica, tática ou emocionalmente. A gente começa a ter chances de chegar a uma reta final forte se tirarmos o melhor deles todos os dias. O resultado de um jogo é o que se faz todo os dias.

OBSERVAÇÃO DE ATLETAS NO EXTERIOR

O Renato Bacchi é quem vai aos playoffs do Italiano para ver o Bruninho e o Leal, ver que tipo de motivação ele está para uma possível convocação. A Seleção se apresentará no final de abril.

Leal e Bruninho jogam juntos no Civitanova (Divulgação)

SELEÇÃO NA TEMPORADA

A partir da semifinal (da Superliga) começaremos a convidar os mais novos para treinar em Saquarema, sempre pensando numa renovação. A convocação acontecerá dois dias depois da última partida da final da Superliga. E  eu gostaria muito de estar presente até o último dia dessa competição. Nesse momento começarão meus auxiliares, o Marcelo Fronckowiak, que volta da Polônia. Ele começará com os mais jovens e depois eu continuarei o trabalho para a Liga das Nações.

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